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EUA promete não conter esforços para libertar americanos na Coreia do Norte

A porta-voz do Departamento de Estado se negou a detalhar publicamente os esforços dos Estados Unidos ao dizer que o objetivo é trazê-los para casa a salvo

Agência France-Presse
postado em 02/09/2014 20:09
Jen Psaki:
Washington -
Autoridades americanas prometeram nesta terça-feira (2/9) não deixar "pedra sobre pedra" para libertar três compatriotas presos na Coreia do Norte, depois que estes pediram a Washington o envio de uma missão para negociar a sua libertação.

Um jornalista da CNN que estava em uma viagem oficial do governo de Pyongyang entrevistou Kenneth Bae, Jeffrey Fowle e Matthew Miller, que disseram que estavam sendo bem tratados e davam detalhes sobre sua vida na prisão.

[SAIBAMAIS]Bae foi detido em novembro de 2012 e sentenciado depois a 15 anos de trabalho forçado, acusado de tentativa de derrubar o governo norte-coreano. Fowle, de 56 anos, entrou no país em 29 de abril e foi preso supostamente por deixar uma bíblia em um hotel. Já Miller, de 24 anos, foi detido em abril, depois que seu visto ter perdido a validade, segundo as autoridades do país comunista.


"Estamos em contato permanente com as famílias", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, a jornalistas, e acrescentou que estão fazendo "todo o possível para trazer para casa estes três cidadãos americanos". "Não há prioridade maior para nós do que o bem-estar e a segurança de cidadãos americanos no exterior. Por isso, não vamos deixar pedra sobre pedra", disse.

Psaki se negou a detalhar publicamente os esforços dos Estados Unidos ao dizer que o objetivo é trazê-los para casa a salvo e que Washington não quer comprometer qualquer negociação. Também disse que não tem informações sobre as notícias divulgadas pela imprensa que indiquem que funcionários americanos haviam viajado recentemente para o país.

Ela também não disse se Washington está preparado para enviar uma delegação de alto nível a Pyongyang como foi feito em casos anteriores, quando o ex-presidente Bill Clinton e o ex-governador do Novo México Bill Richardson conseguiram a libertação de americanos detidos.

No mês passado, um representante da Suécia - país responsável pelos interesses americanos na Coreia do Norte -, visitou Bae em seu campo de trabalho e viu Fowle e Miller no final de junho.

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