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Reino Unido não tem outra opção que combater Estado Islâmico, diz Cameron

"É um combate do qual é impossível se abster. Esta gente quer nos matar", declarou

Agência France-Presse
postado em 23/09/2014 22:40
Londres - O Reino Unido não tem outra opção que lutar contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), afirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro David Cameron, que defende a participação britânica nos ataques aéreos contra o grupo jihadista. "É um combate do qual é impossível se abster. Esta gente quer nos matar", declarou Cameron à rede de televisão NBC news, acrescentando que os jihadistas planejam cometer atentados na Europa e em outras partes do mundo.

[SAIBAMAIS]"Estamos na sua mira e devemos integrar esta coalizão (...), garantir que destruiremos esta organização criminosa". Cameron aprova os ataques dos Estados Unidos e de seus aliados árabes contra o Estado Islâmico, mas até o momento a participação do Reino Unido se limitou à entrega de armas aos combatentes curdos.

Segundo o jornal The Independent, Cameron pode convocar os parlamentares britânicos em breve para discutir a participação do Reino Unido nos ataques aéreos ao EI.

Em entrevista à revista The Spectator, o ministro britânico da Defesa, Michael Fallon, disse que Cameron "não tem tempo a perder com os que acreditam que a Grã-Bretanha deve ficar à margem do conflito".

Cameron "parece estar moralmente indignado com a ideia de que deveríamos deixar para os outros países o combate ao Estado Islâmico, e irritado com os que não entendem que a luta contra os extremistas islâmicos também é uma questão da Grã-Bretanha".

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No ano passado, o Parlamento britânico rejeitou a participação em eventuais ataques dos Estados Unidos contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, mas "espero que desta vez tenham a mesma coragem de nossas forças armadas (...) para aceitar este desafio...", assinalou Fallon.

Nesta terça-feira, os Estados Unidos e seus aliados árabes realizaram bombardeios aéreos contra posições do EI na Síria, abrindo uma nova frente de combate contra a organização jihadista. Esse foi o primeiro ataque das forças estrangeiras na Síria desde o início da guerra civil, em 2011.

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