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Uigures recebem pena de morte por assassinato de um imã na China

Nos últimos meses 25 pessoas foram condenadas à pena capital por atos de violência vinculados a Xinjiang

Agência France-Presse
postado em 29/09/2014 09:07
Um tribunal chinês condenou à morte dois uigures e um terceiro à prisão perpétua pelo assassinato em julho passado do imã da mesquita de Kashgar, segunda cidade de Xinjiang, extremo oeste da China, anunciou a imprensa local.

O veredito eleva para 25 o número de penas capitais pronunciadas nos últimos meses por atos de violência vinculados a Xinjiang, imensa região com predominância muçulmana e com uma relativa tutela de Pequim.

Segundo o Global Times, Gheni Hesen e Nurmemet Abidilimit foram condenados pelo assassinato a golpes de machado de Jume Tahir, imã de 74 anos logo depois da oração matinal.



Gheni Hesen tem 18 anos e Nurmemet Abidilimit também seria adolescente, segundo o jornal. O terceiro acusado, Atawulla Tursun, que teria arranjado a arma do crime, foi condenado à prisão perpétua. Dois outros agressores, Turghun Tursun e Memetjan Remutillan, foram mortos pela polícia no local do crime.

Designado por Pequim, que exerce rígido controle sobre as práticas religiosas, o imã Tahir era muito crítico em relação à violência praticada pelos uigures em função de suas ideias separatistas. Turcófonos e muçulmanos, os uigures constituem a principal etnia de Xinjiang, com milhões de pessoas.

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