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Líder da Sharia4Belgium pode ser condenado a 15 anos de prisão

O julgamento, que começou na segunda-feira (29/9) e deve se estender por toda a semana, sob forte esquema de segurança

postado em 01/10/2014 14:10
O Tribunal Criminal da Antuérpia pode condenar a 15 anos de prisão e à perda da nacionalidade o líder do movimento radical Sharia4Belgium, Fouad Belkacem, de 32 anos. Ele é porta-voz e fundador do grupo extremista dissolvido em 2012, que queria implantar a Sharia (lei islâmica) na Bélgica. Belkacem também é acusado de recrutar jovens para se juntar às fileiras terroristas do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Nessa terça-feira (30/9), no segundo dia de julgamento do maior processo terrorista da história da Bélgica, Belkacem se recusou a deixar sua cela e não compareceu perante a corte. A promotoria quer provar que o Sharia4Belgium praticava atividades terroristas e não tem dúvidas de que o jovem belga era o líder do grupo.

[SAIBAMAIS]O julgamento, que começou na segunda-feira (29/9) e deve se estender por toda a semana, ocorre sob forte esquema de segurança. Ao todo, 46 jihadistas - 43 homens e três mulheres - estão sendo acusados, mas apenas oito compareceram no primeiro dia. Acredita-se que os demais ainda estejam na Síria ou tenham morrido em conflito.

Entre os acusados presentes na terça-feira (30/9), estava o jovem nigeriano Jejoen Bontinck, de 19 anos, que se converteu ao Islã para fazer parte do movimento de combatentes na Síria. Ele, que teria sido recrutado por Belkacem, se diz vítima do Sharia4Belgium. Mas a promotoria investiga seu papel na organização e suspeita que ele fazia parte do núcleo de poder do grupo. Ele pode ser condenado a quatro anos de prisão.



Em sua longa acusação, a promotora de Justiça no processo, Ann Fransen, disse que o "objetivo da Sharia4Belgium era derrubar o Estado belga e substituí-lo por um Estado Islâmico, e que a participação nos conflitos terroristas na Síria seria um caminho para alcançar esse objetivo;.

Estimativas não oficiais indicam que cerca de 300 jovens belgas se juntaram aos exércitos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

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