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Exército iraquiano precisará de meses para atacar Estado Islâmico

Foram realizados cerca de 600 ataques no Iraque e na Síria desde o dia 8 de agosto

Agência France-Presse
postado em 23/10/2014 21:00
Base aérea de Macdill - As Forças Armadas do Iraque necessitarão de meses para poder lançar uma grande ofensiva contra o grupo Estado Islâmico (EI) e recuperar os territórios perdidos para os jihadistas, informaram oficiais americanos nesta quinta-feira.

"Têm a capacidade de lançar (esta contraofensiva); é uma questão de meses, e não de anos", disse um dos oficiais, que pediu para não ser identificado.

Oficiais do Comando Central americano admitiram que o ritmo dos bombardeios aéreos realizados pela coalizão formada contra o Estado Islâmico está limitado porque o Exército iraquiano adota uma posição defensiva.

[SAIBAMAIS]Foram realizados cerca de 600 ataques no Iraque e na Síria desde o dia 8 de agosto, um número relativamente pequeno em relação às campanhas aéreas na Líbia ou na invasão do Iraque em 2003.

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O alcance dos ataques também depende da frequência com que o EI se desloca por espaços abertos com um número significativo de efetivos, destacaram as fontes.

Os oficiais disseram ainda que o avanço do Estado Islâmico sobre a cidade síria de Kobane foi detido pelos combatentes curdos, que provavelmente conseguirão resistir com o apoio do bombardeio aéreo americano.

As linhas de frente do EI e das forças curdas não se moveram durante a última semana e meia e "acredito que os defensores curdos poderão resistir", disse o funcionário do Comando Central americano (Centcom).

O oficial descreveu os combates em Kobane como "uma batalha de rua", de progressos e recuos palmo a palmo.

Kobane tem uma importância simbólica, tanto para os jihadistas do EI como para a coalizão internacional, o que leva a crer que o Estado Islâmico persistirá nos combates.

Os ataques aéreos da coalizão mataram ao menos 500 combatentes islâmicos na Síria, essencialmente membros do EI.

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