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Presidente do Egito acusa 'apoio do exterior' em ataque que matou soldados

No atentado, 30 soldados morreram e 29 ficaram feridos. O ataque foi o mais mortal contra a polícia em mais de um ano

Agência France-Presse
postado em 25/10/2014 15:37
Soldados carregam os caixões de militares vítimas de atentado suicida

Cairo
- O presidente do Egito acusou neste sábado (25/10) "um apoio do exterior" de estar por trás do ataque que matou 30 soldados no Sinai, onde o estado de emergência foi declarado em algumas áreas, enquanto o Exército lidera ataques aéreos contra os jihadistas.

Na sexta-feira, um suicida dirigiu seu veículo cheio de explosivos contra uma barreira militar perto de Al-Arish, capital da província do Norte do Sinai. Trinta soldados morreram e 29 ficaram feridos no ataque, o mais mortal contra a polícia em mais de um ano.

As autoridades declararam estado de emergência de três meses em uma parte do norte e centro da península, em um perímetro que vai da cidade de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, a cidade de al-Arich.

A passagem de Rafah, o único ponto de passagem para Gaza não controlado por Israel, também foi fechado até novo aviso.

O Egito é cenário de uma onda de atentados contra as forças de segurança desde a deposição e prisão do presidente islamita Mohamed Mursi, em julho de 2013.



Esses ataques são reivindicados, principalmente, por grupos extremistas que afirmam agir em represália pela brutal repressão das autoridades do novo governo aos seguidores de Mursi desde que deixou o poder.

O ataque de sexta-feira "recebeu apoio do exterior", afirmou sem dar mais detalhes a ex-chefe do Exército e atual presidente Abdel Fattah al-Sisi, após uma reunião com o alto comando o Exército.

O presidente considerou que este ataque visou "abalar a vontade do povo egípcio (...), e do Exército, o pilar do Egito".

A reunião de Sissi com o alto comando militar levou à formação de "um comitê de autoridades do Exército para estudar as circunstâncias dos recentes ataques terroristas no Sinai e tirar lições", segundo um comunicado da presidência.

Neste sábado, o Exército realizou ataques aéreos em zonas do Sinai consideradas redutos de jihadistas, matando oito combatentes, segundo fontes da segurança.

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