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Palestinos pedem ao Conselho da ONU ação contra colonização israelense

Os quinze integrantes do Conselho se reuniram a pedido da Jordânia, após Israel anunciar, na segunda-feira, planos para a construção de mil residências para colonos no leste de Jerusalém

Agência France-Presse
postado em 29/10/2014 21:05
NAÇÕES UNIDAS- Os palestinos pediram nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma posição firme para que Israel reverta de imediato seus planos de construção de novas casas nos territórios ocupados, durante uma reunião de emergência convocada para abordar a tensão no leste de Jerusalém.

Os quinze integrantes do Conselho se reuniram a pedido da Jordânia, após Israel anunciar, na segunda-feira, planos para a construção de mil residências para colonos no leste de Jerusalém, que os palestinos consideram ser a capital de seu futuro estado.

A "Israel, a potência ocupante, deve se exigir a suspensão imediata e completa de suas atividades sobre assentamentos ilegais no território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental", disse o embaixador palestino, Riyad Mansur.


Não há planos para a adoção de uma resolução e diplomatas estimam que uma declaração do Conselho de Segurança condenando Israel é pouco provável devido à posição dos Estados Unidos a favor de seu aliado israelense.

O governo de Barack Obama utilizou seu poder de veto no Conselho de Segurança apenas uma vez, em 2011, exatamente para bloquear uma resolução condenando os assentamentos de Israel.

Falando ao Conselho, Jeffrey Feltman, subsecretário-geral para assuntos políticos da ONU, disse que a prática israelense de colonizar os territórios palestinos é uma "violação do direito internacional" e vai contra a solução de dois estados, palestino e israelense.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, está "alarmado" com os últimos planos de colonização de Israel, que "uma vez mais lançam graves dúvidas sobre o compromisso de Israel para obter uma paz duradoura", disse Feltman.

Feltman pediu a redução das tensões, afirmando que as partes "não podem se dar ao luxo" de inflamar a situação após a recente e devastadora ;Guerra de Gaza;, que matou mais de 2.000 palestinos.

O embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, reagiu negando que os novos assentamentos possam afetar a paz e acusou a ONU de "fazer o jogo da campanha de difamação" de seu país promovida pelos palestinos.

"Há muitas ameaças no Oriente Médio, mas a presença de lares judeus não é uma delas", afirmou Prosor.

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