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Jim Yong Kim pede à Ásia que ajude a África no combate ao vírus ebola

O presidente do Banco Mundial advertiu que colocar o foco em um controle fronteiriço mais rigoroso não é solução

postado em 04/11/2014 09:06
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, pediu nesta terça-feira (4/10) à Ásia que envie profissionais de saúde treinados para a África Ocidental, atingida pelo ebola. Ele advertiu que colocar o foco em um controle fronteiriço mais rigoroso não é solução.

[SAIBAMAIS];Apelei aos países da Ásia para oferecer profissionais de saúde treinados para ajudar a conter o ebola a partir da fonte;, disse Jim Yong Kim aos jornalistas em Seul, agradecendo os esforços feitos pela Coreia do Sul, a China e o Japão no envio de pessoal ou equipamentos médicos para combater o vírus.

A Ásia tem uma riqueza em termos de pessoal médico. Eles podem estar ;entre os heróis que são agora necessários na linha de frente;, afirmou, acrescentando que muitos países asiáticos ;que poderiam ajudar, simplesmente não o fazem ; especialmente no que diz respeito ao envio de profissionais de saúde;.

;Focar apenas no controle fronteiriço não é a resposta adequada. O mundo precisa apagar o fogo porque caso não o faça, o ebola pode propagar-se a qualquer outro país, incluindo a Ásia;, alertou o presidente do Banco Mundial.

O continente tem de enviar ;equipes de profissionais de saúde treinadas; para os três países mais afetados ; a Guiné-Conacri, a Libéria e Serra Leoa ;, disse. Ele lembrou que apenas 30 equipes de todo o mundo foram enviadas até agora para o epicentro da crise.



O Banco Mundial advertiu para perdas econômicas catastróficas como resultado do surto de ebola na África Ocidental, onde o vírus já causou quase 5 mil mortes. A Organização Mundial da Saúde sinalizou mais de 13 mil casos, mas admitiu que o número real pode ser muito maior.

No início de outubro, o Banco Mundial juntou-se à OMS e à Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência contra o Ebola (Unmeer, em inglês) na definição do objetivo 70/70/60: isolar e tratar 70% dos casos de ebola na África Ocidental e enterrar com segurança 70% das vítimas em um prazo de 60 dias.

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