Mundo

OLP diz que projeto de colônias em Jerusalém é uma "tapa na cara" nos EUA

O ministério do Interior israelense autorizou na segunda-feira (3/11) a construção de 500 novas unidades habitacionais em Jerusalém Oriental

Agência France-Presse
postado em 04/11/2014 09:24
Jerusalém - A Organização para a Libertação de Palestina (OLP) afirmou nesta terça-feira que a autorização israelense para um projeto de colonização em Jerusalém Oriental é um ;tapa; na cara dos Estados Unidos.

"A autorização concedida na segunda-feira (3/11), quando a tensão estava em seu ponto máximo em Jerusalém, constitui um tapa para o secretário de Estado americano John Kerry, para a comunidade internacional, para o povo palestino e para a paz", afirmou, em um comunicado, Saeb Erakat, chefe dos negociadores palestinos e membro do comitê executivo da OLP.

O ministério do Interior israelense autorizou na segunda-feira a construção de 500 novas unidades habitacionais em Jerusalém Oriental, um projeto que provocou recentemente uma forte condenação palestina e internacional, anunciou a organização Paz Agora.

Este programa de 500 habitações no bairro colonizado de Ramat Shlomo é um dos dois projetos que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu instruiu acelerar em 27 de outubro, informou à AFP Hagit Ofran, um líder da organização anti-colonização israelense.

O projeto inicial previa 660 unidades. Junto a outro projeto (de 400 unidades habitacionais no assentamento judaico de Har Homa), são mais de 1.000 casas que o primeiro-ministro quer construir.



O anúncio de Netanyahu ocorre num clima de crescente tensão entre israelenses e palestinos em Jerusalém Oriental, anexada e ocupada por Israel. A continuação da colonização israelense é um fator importante nestas tensões e um dos principais obstáculos para uma solução para o conflito israelo-palestino.

Os palestinos querem fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado que aspiram. A comunidade internacional considera a anexação e ocupação da região por Israel ilegal.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação