Mundo

Barack Obama se dispõe a decretar reformas no sistema migratório

Segundo a imprensa americana, os pais de crianças que têm cidadania americana ou permissão de permanência legal (green card) poderão receber documentos que lhes permitam trabalhar e evitar que sejam deportados

Agência France-Presse
postado em 19/11/2014 21:12
Washington - O presidente Barack Obama está pronto para apresentar, nesta quinta-feira (20/11), os decretos necessários para reformar o sistema migratório dos Estados Unidos, um passo esperado por milhões de imigrantes em situação ilegal.

"Todo mundo concorda que nosso sistema migratório está falido. Lamentavelmente, Washington permitiu que o problema se estendesse por muito tempo", disse Obama em um vídeo baixado no Facebook pela Casa Branca.

O anúncio de Obama está previsto para esta quinta-feira, às 20H00 local (23H00 Brasília).

Segundo a imprensa americana, os pais de crianças que têm cidadania americana ou permissão de permanência legal (green card) poderão receber - de maneira temporária - documentos que lhes permitam trabalhar e evitar que sejam deportados.

No total, cerca de cinco milhões dos 11,2 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos Estados Unidos poderão ser beneficiados pelos decretos de Obama, cujos detalhes não foram revelados pela Casa Branca.



Em junho de 2012, Barack Obama iniciou um programa batizado de DACA, que oferecia vistos temporários de permanência para imigrantes ilegais com até 31 anos que chegaram ao país antes dos 16 anos, os chamados "dreamers".

A medida permitiu que cerca de 600 mil imigrantes ilegais obtivessem uma permissão de trabalho renovável por dois anos, até 30 de junho de 2014.

Os novos decretos envolverão reformas na segurança de fronteira, informou nesta quarta o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson.

Mas ao confirmar sua intenção de agir por decreto, Obama desafiou seus adversários do partido Republicano, que ameaçam paralisar suas nomeações ou alterar o orçamento para impedir a prática dos decretos.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação