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Atentado suicida em partida de vôlei deixa 50 mortos no Afeganistão

"Muitas pessoas, incluindo algumas autoridades provinciais e o chefe da polícia, estavam lá", declarou o vice-governador de Paktika

Agência France-Presse
postado em 23/11/2014 12:49
[SAIBAMAIS]Khost - Cinquenta pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas neste domingo em um atentado suicida durante uma partida de vôlei na província de Paktika, no leste do Afeganistão, anunciou à AFP o vice-governador provincial. "O suicida estava em uma motocicleta e detonou os explosivos que carregava no meio de uma partida de vôlei", declarou à AFP Attaullah Fazli, vice-governador de Paktika.

Um primeiro registro fornecido pouco antes pelo Ministério do Interior informava sobre 25 mortos e 70 feridos. Entre as vítimas há civis e policiais locais. O presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou rapidamente o ataque, indicou seu porta-voz na rede social Twitter.

"O presidente Ashraf Ghani condena nos termos mais enérgicos o atentado suicida no distrito de Yayha Khail em Paktika", acrescentou depois a Presidência em um comunicado. "O presidente condena este ataque desumano e não islâmico, e acrescenta que esse tipo de massacre brutal de civis não pode ser justificado", prossegue o texto.

O porta-voz do governo provincial, Mukhlis Afghan, declarou que a competição envolvia três distritos e atraiu um grande público. "Por volta das 17h00 locais, quando a partida estava em seu apogeu, o suicida que - segundo acreditamos - estava em uma moto, detonou seus explosivos no meio da multidão", acrescentou, confirmando o registro de 50 mortos e 60 feridos.

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Ninguém reivindicou a autoria do atentado até o momento. Os talibãs, que atacam geralmente as forças de segurança afegãs, não costumam reivindicar atentados contra civis. O último ataque de grande violência contra civis no Afeganistão ocorreu no dia 15 de julho, quando 40 pessoas morreram em um atentado suicida cometido com um carro cheio de explosivos em um mercado da mesma província de Paktika.

O atentado deste domingo ocorre no momento em que as tropas da Otan se preparam para deixar o país, transferindo a responsabilidade da segurança para as forças afegãs. Em 2015, apenas uma força estrangeira residual de 12.500 homens permanecerá no país para se dedicar principalmente à formação de integrantes das forças locais.

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