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Farc pedem fim de operações militares para libertar general na Colômbia

A captura de Alzate levou o presidente Juan Manuel Santos a suspender há nove dias as negociações de Havana, para tentar acabar com um conflito armado de meio século que deixou 220 mil mortos

Agência France-Presse
postado em 25/11/2014 15:01
A guerrilha comunista das Farc pediu nesta terça-feira o fim "imediato" das operações militares na região colombiana de Chocó (oeste) para libertar um general e mais duas pessoas, após a libertação de dois soldados em Arauca (leste).

"As Farc cumpriram os propósitos da primeira fase do Acordo Humanitário Especial, e, a partir deste momento, ficarão mais focadas em seus esforços pela libertação do senhor General Rubén Darío Alzate (...) e de seus acompanhantes (...) Esperamos que as operações dirigidas pelo Ministério da Defesa e que o cerco militar à população civil sejam suspensos imediatamente, para que a libertação das pessoas mencionadas transcorra sem sobressaltos", afirmou o grupo em um boletim divulgado no blog de sua delegação de paz em Havana.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) abriram o boletim confirmando que os soldados do Exército colombiano Paulo César Rivera e Jonathan Andrés Díaz, "que haviam sido capturados em combate no dia 9 de novembro", foram liberados nesta terça-feira "sãos e salvos nas planícies de Arauca".

"Os dois militares, pertencentes à Força Tarefa Quirón, foram entregues a uma missão humanitária integrada por representantes de Cuba e Noruega, países mediadores do processo de paz, e do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha)", acrescentou o grupo insurgente.


"Ficamos felizes em constatar que o sentimento de paz e reconciliação sai vencedor". "A aposta e a determinação dos colombianos pela paz com justiça social e democracia deve se tornar uma corrente irresistível", ressaltaram as Farc.

A captura do general Alzate, o oficial de mais alta patente mantido em poder das Farc em meio século de conflito armado, levou o presidente Juan Manuel Santos a suspender há nove dias as negociações de Havana, iniciadas dois anos atrás para tentar acabar com um conflito armado de meio século que deixou 220 mil mortos e obrigou 5,3 milhões de pessoas a deixarem suas casas.

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