Agência France-Presse
postado em 25/11/2014 17:17
A Espanha desmantelou uma rede que fazia entrar na Europa, via América Latina, famílias sírias que fugiam da guerra, proporcionando a elas viagens e documentos falos em troca de 6 mil a 10 mil euros por pessoa, anunciou nesta terça-feira a polícia, que prendeu 18 pessoas.Os detidos são, além do suposto chefe da quadrilha - um cidadão libanês -, outros sete libaneses, três sírios, um equatoriano, um marroquino, um ucraniano e quatro espanhóis, segundo a polícia em um comunicado.
A principal rota utilizada pela rede levava os clandestinos da Ásia à América Latina, e dali para a Espanha, França ou Alemanha. A organização também estava começando negociar com candidatos iraquianos dispostos a ir para exílio.
Os imigrantes viajavam durante dias, inclusive semanas, passando por cidades do Brasil, Peru, Venezuela ou Colômbia. Depois chegavam ao aeroporto de Madri, onde eram alojados por membros da quadrilha. Após isso, eram levados para diversas cidades do centro e norte a Europa.
Quase metade da população síria anterior à guerra (22,8 milhões) teve de deixar sua casa fugindo dos combates que explodiram depois da revolta contra o presidente Bashar al Assad em março de 2011.
Segundo a ONU, mais de 7,2 milhões de pessoas estão deslocadas dentro da Síria e 3,2 milhões fugiram do país. Mais de 180 mil pessoas morreram desde o início do conflito sírio há três anos.