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Camboja investiga contágio maciço por HIV em aldeia do país

Mais de cem pessoas de uma mesma aldeia isolada, entre elas crianças e idosos, apresentaram resultados positivos ao teste de HIV

Agência France-Presse
postado em 18/12/2014 18:15
Phnom Penh- O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, exigiu nesta quinta-feira (18/12) uma investigação meticulosa sobre o contágio maciço pelo vírus HIV de moradores de uma cidade do país, onde foi mobilizada uma missão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais de cem pessoas de uma mesma aldeia isolada, entre elas crianças e idosos, apresentaram resultados positivos ao teste de HIV, segundo os números conhecidos depois de exames feitos com 800 habitantes.

"Garanto uma investigação meticulosa", disse Hun Sen em discurso transmitido pela televisão. Equipes do Ministério da Saúde do Camboja, da OMS e da ONUAids estão no lugar para realizar testes gratuitos. "Peço a todos que mantenham a calma e não deem ouvidos, nem propaguem rumores", disse a ministra cabojana da Saúde, Mam Bunheng.

A causa mais provável deste contágio maciço seria a utilização de seringas contaminadas, segundo autoridades sanitárias. Nos últimos dias, centenas de pessoas assustadas desta localidade da província de Battambang correram para conseguir realizar o teste.

O pânico se instalou quando souberam que um homem de 74 anos, sua neta e seu genro haviam apresentado resultados positivos para HIV. O contágio maciço aconteceu em um país que integra o grupo daqueles com bons resultados no combate à Aids, aproximando-se da meta de taxa de infecção zero até 2020.



O número anual estimado de infectados passou de 15.500, no início dos anos 1990, para mil em 2011, segundo um estudo desenvolvido pelas autoridades sanitárias do país. A taxa de prevalência do vírus entre os adultos de 15 a 49 anos passou de 1,7% em 1998 para 0,6% em 2013 e 0,4% em 2014. Atualmente, mais de 73 mil pessoas são soropositivas no Camboja.

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