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Ataques de milicianos matam 22 soldados no leste da Líbia

Os milicianos também lançaram um ataque simultâneo na região de Sirte, perto dali, matando 18 soldados

Agência France-Presse
postado em 25/12/2014 20:27
Benghazi - Pelo menos 22 soldados morreram nesta quinta-feira em ataques de milicianos islamitas no leste da Líbia, onde uma reserva de petróleo foi atingida durante os combates.

Os milicianos da coalizão Fajr Libya usaram lanchas em sua ofensiva contra as instalações petroleiras, informou uma fonte militar.

"Essas lanchas atiraram vários projéteis nos terminais de Al-Sedra e Ras Lanuf. Um deles alcançou um depósito ao sul do porto de Al-Sedra, que pegou fogo", declarou o porta-voz dos guardas que protegem as instalações petroleiras da região, Ali Al-Hasi.

Segundo essa fonte, os soldados conseguiram danificar três lanchas dos milicianos e conter o ataque. Quatro soldados morreram nesses confrontos.

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O "crescente petroleiro" (que inclui os terminais de Al-Sedra, Ras Lanuf e Brega, os mais importantes do país) se tornou há alguns dias palco de confrontos entre as forças governamentais e as milícias do Fajr Libya.

Os milicianos também lançaram um ataque simultâneo na região de Sirte, perto dali, matando 18 soldados. Um dos agressores morreu nos combates.

O Batalhão 136 é subordinado ao Exército, mas a maioria de seus membros é formada por combatentes originários de uma tribo leal ao general reformado Khalifa Haftar. Junto com as forças do governo reconhecido pela comunidade internacional, o general Haftar tenta retomar as cidades conquistadas pelos islâmicos, incluindo a capital, Trípoli.

Segundo uma autoridade militar, as forças de Haftar e do governo perderam várias posições, nas últimas 24 horas, no bairro Al-Lithi de Benghazi, ao leste da Líbia.

Pelo menos 14 pessoas morreram em 24 horas na cidade, entre elas, seis por decapitação, acrescentou uma das fontes consultadas pela AFP, que pediu para não ser identificada.

A Líbia vive um clima de caos desde a queda de Muamar Khadafi em 2011, após oito meses de conflito. Atualmente, o país tem dois governos que disputam o poder: um, ligado às milícias islamitas; e outro, reconhecido pela comunidade internacional.

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