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Restaurador alemão minimiza os estragos à máscara de Tutankhamon

Fontes do museu afirmaram na última sexta-feira que o objeto foi danificado em 2014

Agência France-Presse
postado em 24/01/2015 18:46
Restauração de máscara foi realizada por um alemão
Um restaurador alemão minimizou neste sábado os danos causados por uma reparação à máscara funerária de Tutankhamon, afirmando que um tratamento adequado poderia eliminar os traços de cola deixados na barba desta joia do Egito antigo.

Em fotos tiradas nesta sexta-feira no Museu Nacional Egípcio, é possível ver um nada gracioso rastro de cola seca unindo a barba simbólica do misterioso faraó criança. A máscara de 3.000 anos é uma das mais bonitas relíquias do museu, visitado anualmente por centenas de milhares de turistas. "A máscara não corre perigo e as medidas que foram tomadas são reversíveis", disse Christian Eckmann, especialista em conservação arqueológica de objetos metálicos e em vidro, durante coletiva de imprensa organizada no Museu do Cairo pelo ministério das Antiguidades egípcio.

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O ministro Mamdouh al-Damati criticou a cobertura do episódio pela mídia, classificando-a de "bastante exagerada". Eckmann explicou que em agosto de 2014, enquanto o dispositivo de iluminação era reparado, a peça "foi atingida e a barba, que já havia sido colada durante uma primeira restauração, em 1941, caiu".

Ele disse ainda não ter certeza sobre o tipo de cola epóxi utilizada para a reparação, mas afirmou que esta cola "não era a melhor solução". A cola deixou traços visíveis na barba. Mas "é reversível. Isto será solucionado com muita cautela", acrescentou.

Fontes do museu afirmaram nesta sexta-feira que o objeto foi danificado em 2014. Funcionários teriam tirado a máscara da redoma onde fica para consertar a iluminação e "a máscara tocou a vitrine e quase caiu", explicou. A barba teria se descolado depois que um funcionário segurou o objeto para não deixá-lo cair. A longa barba trançada, que já havia se soltado anteriormente, estava presa por um simples gancho, segundo ele. "Esse tipo de coisa pode acontecer. Mas o que agravou a situação foi o medo do empregado que reparou na pressa" com uma cola ruim.

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