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Reatamento da diplomacia entre Washington e Havana abre novos horizontes

Analistas veem embargo como entrave na região

postado em 26/01/2015 06:00
Enquanto o presidente norte-americano, Barack Obama, tenta imprimir sua marca na história com a iniciativa de normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba, a reaproximação desperta esperanças de nova etapa na dinâmica regional. O pontapé para o processo de restabelecimento do contato diplomático entre as nações vizinhas ocorreu na semana passada, com a primeira reunião de alto nível entre diplomatas dos dois países em mais de meio século. O encontro, realizado em Havana, terminou sem prazos para a reabertura de embaixadas, mas com reiteradas declarações sobre a disposição de manter o diálogo. Para analistas consultados pelo Correio, o processo de reconciliação tem o potencial de aprimorar as relações entre Washington e países latino-americanos.

Apesar de notar diferenças no diálogo com o lado cubano, Roberta Jacobson ; secretária assistente do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental e enviada da Casa Branca para o encontro ; classificou de ;produtivo; o contato inicial. ;Temos que superar mais de 50 anos de uma relação que não foi baseada em confiança;, disse. Claudio Holzner, diretor adjunto do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Utah, avalia que a construção da confiança e o conhecimento dos interesses da política externa de ambos dos países são primordiais. ;Haverá mais erros e divergências em ambos os lados, mas, enquanto eles continuarem dialogando, progresso será feito.;

Holzner pondera que o embargo econômico que vigora sobre Cuba desde 1962 e a inclusão do país na lista de países apoiadores do terrorismo internacional, em 1982, têm sido ;uma grande sombra que paira sobre as relações dos EUA com outras nações da América Latina;. Ele considera que a retomada das relações elimina um ponto de diferença de longa data nas relações com a região. ;Espero que esse passo sinalize que Washington está mais disposto a se envolver com países latino-americanos como parceiros iguais;, afirmou.

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