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Sucessor de Napolitano na Presidência da Itália segue indefinido

Nenhum candidato foi eleito na segunda e terceira rodada de votação para presidente

Agência France-Presse
postado em 30/01/2015 17:30
O voto em branco dominou, nesta sexta-feira, as duas tentativas do Parlamento italiano de eleger um novo presidente, o que deverá acontecer no sábado, na quarta rodada de votação, quando uma maioria simples será suficiente.

Nenhum candidato foi eleito na segunda e terceira rodada de votação para presidente da República da Itália. Os dois principais partidos votaram em branco, somando 538 votos no primeiro escrutínio e 531 no segundo.

Os 1.009 "eleitores" -- 630 deputados, 315 senadores, cinco senadores vitalícios e 58 representantes de 20 regiões -- foram convocados a eleger o chefe de Estado, como exige a Constituição.

Para a eleição do presidente, é necessário obter dois terços dos votos nas três primeiras votações, o que corresponde a 673 votos, enquanto a partir da quarta rodada basta uma maioria simples de 505.

[SAIBAMAIS]O Partido Democrático (PD, esquerda), liderado pelo primeiro-ministro Matteo Renzi, propôs para o cargo de presidente da Itália o juiz constitucional e antimáfia Sergio Mattarella, de 73 anos.

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Contudo, seu nome só será proposto no sábado, na quarta rodada de votações.

A candidatura de Mattarella provocou o rompimento entre Renzi e o ex-magnata das comunicações e líder da direita, Silvio Berlusconi, que vinha apoiando, nos últimos meses, as reformas propostas pelo jovem premiê.

Como resposta, Berlusconi ordenou que seus parlamentares votassem em branco em todas as votações.

Nesta sexta, Renzi declarou que "chegamos ao momento-chave. Temos a oportunidade de eleger uma autoridade respeitada por todos, como Sergio Mattarella, à Presidência da República pelo voto da maioria governista e da oposição. Esta não é a decisão de um partido, mas de todos".

Na quinta-feira, na primeira rodada de votações, também predominaram os votos em branco e nenhum candidato foi eleito.

Nenhum candidato de consenso entre esquerda e direita foi escolhido no prazo de quinze dias previsto pelas normas, entre a renúncia de Giorgio Napolitano, em 14 de janeiro, e o início das votações, na quinta.

A falta de uma candidatura de consenso afeta a direita do magnata Silvio Berlusconi, que pretendia alcançar um acordo.

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