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China executa dois membros de seita por homicídio em McDonald's

A vítima, de nome Wu, foi violentamente espancada em maio de 2014 em um restaurante Mcdonald's depois de se negar a dar aos acusados seu número de telefone

Agência France-Presse
postado em 02/02/2015 11:14
Um pai e uma filha acusados de pertencer a uma seita religiosa foram executados nesta segunda-feira na China por espancar até a morte uma mulher que não quis se unir ao grupo em um McDonald;s. "Zhang Fan e Zhang Lidong foram executados", anunciou a agência oficial Xinhua.

[SAIBAMAIS]Ambos formavam parte de um grupo de cinco pessoas que compareceram em agosto ante a justiça, acusadas de homicídio doloso. A vítima, de nome Wu, foi violentamente espancada em maio de 2014 em um restaurante Mcdonald;s na cidade de Zhaoyuan, no leste da China, depois de se negar a dar aos acusados seu número de telefone.

Segundo os meios de comunicação estatais, pai e filha queriam convencê-la a se unir ao seu movimento, Quannengshen, ou "Igreja do Deus Todo Poderoso", uma instituição espiritual de raízes em parte cristãs, proibida nos anos 90 pelo governo.

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Após a morte de Wu, as autoridades lançaram uma dura campanha de repressão contra esta igreja e detiveram, em menos de dois meses, mais de mil supostos membros do movimento, sem que as acusações contra eles tenham sido divulgadas.

Em 2012, mais de 1.000 adeptos da Quannengshen foram presos, acusados pelas autoridades de ter divulgado previsões sobre um apocalipse iminente que derrubaria o "grande dragão vermelho", símbolo do governo comunista.

Pequim, preocupado em evitar o surgimento e grupos que possam abalar seu poder, exerce um rígido controle sobre os cultos religiosos independentes, como o Quannengshen ou o movimento de inspiração budista Falungong, classificados de seita e que são reprimidos com brutalidade.

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