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Autoridades detectam bactéria letal fora de laboratório de alta segurança

O incidente aconteceu no National Primate Research Center de Tulane, que fica a 80 km de Nova Orleans e trabalha em uma vacina contra esta bactéria, em novembro de 2014 ou antes. A bactéria em questão é chamada 'Burkholderia pseudomallei' ou bacilo de Whitmore.

Agência France-Presse
postado em 02/03/2015 10:30

Washington, Estados Unidos - As autoridades do estado da Louisiana, nos Estados Unidos, analisam como uma perigosa e potencialmente letal bactéria foi encontrada na parte externa do laboratório de um centro de pesquisas de alta segurança, informa o jornal USA Today. As autoridades afirmaram que a população não corre nenhum risco, mas ainda ignoram as dimensões da contaminação.

O incidente aconteceu no National Primate Research Center de Tulane, que fica a 80 km de Nova Orleans e trabalha em uma vacina contra esta bactéria, em novembro de 2014 ou antes. A bactéria em questão é chamada ;Burkholderia pseudomallei; ou bacilo de Whitmore. É encontrada principalmente no sudeste asiático e norte da Austrália. Pode ser transmitida a humanos ou animais por contato com o solo ou com água contaminada.

A bactéria está incluída na categoria de agentes que podem ser utilizados no bioterrorismo. As autoridades informaram que a bactéria não foi detectada nos terrenos que pertencem ao centro, mas quatro macacos que estavam em uma área externa ficaram enfermos e dois deles foram sacrificados, segundo o USA Today.




Uma inspetora federal que visitou o centro também ficou doente, mas é possível que tenha sido exposta à bactéria antes, já que fez várias viagens ao exterior. Segundo o centro de pesquisas, os macacos teriam sido infectados durante um tratamento no hospital veterinário do complexo.

O diretor do local, Andrew Lackner, afirmou que 39 mostras do solo e 13 mostras de água provenientes dos terrenos do estabelecimento foram analisadas, sem que nenhum vestígio da bactéria tenha sido detectado.Mas de acordo com o USA Today as mostras foram insuficientes para descartar completamente a presença da bactéria, que é muito difícil de ser detectada. As investigações devem prosseguir, segundo os cientistas. "O fato de que as autoridades não conseguem estabelecer como aconteceu a difusão da bactéria é muito preocupante", disse ao jornal Richard Ebright, especialista em segurança biológica da Rutgers University, em Nova Jersey.

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