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Suprema Corte permite publicação de cartas do príncipe Charles ao governo

Casa Real publicou um comunicado no qual expressa "decepção porque não foi respeitado o princípio de privacidade" do príncipe

Agência France-Presse
postado em 26/03/2015 08:09
Londres, Reino Unido - A Suprema Corte da Grã-Bretanha deu razão nesta quinta-feira (26/3) ao jornal The Guardian e autorizou a publicação das cartas do príncipe Charles aos ministros, uma decisão que desagradou a Casa Real.



A corte, com o voto favorável de cinco juízes e dois contrários, rejeitou a demanda do governo, por meio do procurador-geral, de impedir a publicação dos textos, que poderiam revelar que o príncipe interferiu em assuntos governamentais.

A Casa Real publicou um comunicado no qual expressa "decepção porque não foi respeitado o princípio de privacidade" do príncipe.

O veto do procurador-geral havia bloqueado uma decisão judicial favorável à publicação, algo que a Suprema Corte não aceitou, alegando que "a decisão de um órgão judicial deve ser final e vinculante, e não suscetível de ser revogada".

Os textos da discórdia foram enviados a sete departamentos do governo entre 2004 e 2005 e refletem, segundo o procurador-geral Dominic Grieve, "os pontos de vista e convicções mais profundamente arraigadas" do príncipe.

O herdeiro do trono não esconde que gostaria de ser mais ativo politicamente que sua mãe, a rainha Elizabeth II, que fez da neutralidade seu principal valor, mas isto rendeu a Charles acusações de bombardear os ministros com queixas, críticas e sugestões.

O caso começou em 2005, quando Rob Evans, jornalista do The Guardian, solicitou acesso a um certo número de comunicações escritas entre o Executivo e o príncipe entre setembro de 2004 e abril de 2005.

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