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Mísseis de opositores a Assad matam um e ferem 30 em mercado de Damasco

Ataques dos opositores são frequentes

Agência France-Presse
postado em 30/03/2015 17:25

Damasco - Uma pessoa morreu e outras 30 se feriram, nesta segunda-feira (30/3), com a queda de dois mísseis dentro de um mercado histórico, em Damasco, informou a agência estatal Sana.

"Os terroristas lançaram dois mísseis que caíram na rua Tarek ben Ziyad, no mercado Al Hariqa, matando uma pessoa e deixando outras 30 feridas", anunciou a Sana, citando a um alto cargo policial.

O regime de Bashar al Assad utiliza, sem distinção, o termo "terrorista" para se referir aos rebeldes de oposição e aos jihadistas envolvidos na Frente Al Nosra e no Estado Islâmico (EI).

Situado na cidade velha da capital síria, o Al Hariqa é um dos mercados mais antigos em Damasco. O local costumava ser dos mais visitados, antes de o país entrar em uma guerra civil que já dura quatro anos.

Opositores do regime fazem disparos regulares sobre a capital, em represália aos bombardeios da aviação de Assad contra suas posições nos arredores da cidade.

ONG denuncia oposição e jihadistas por ataques a civis

A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou recentemente os combatentes da oposição, tanto jihadistas como rebeldes apoiados pelo Ocidente, de atacar civis de maneira habitual, violando o direito de guerra.

No acampamento de Yarmuk, formado por maioria de palestinos e situado na capital síria, foi assassinado um representante do Hamas, Yehya Hourani (conhecido como Abu Suhaib).

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Uma fonte palestina presente no campo revelou, sob a condição de anonimato, que Hourani tinha morrido após ser atingido por disparos realizados pela Frente Al Nosra, braço da Al-Qaeda na Síria. Outras pessoas afirmaram que a autoria foi do Exército Sírio Livre (ASL).

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ao confirmar a morte do militante do Hamas, contou que ele trabalhava na área médica e não tinha se envolvido na resistência armada ao governo local.

Não é a primeira vez que a equipe médica presente no acampamento de Yarmuk se torna alvo das facções envolvidas no conflito.

Yarmuk: 200 mortos por desnutrição

Os jihadistas do EI, grupo paramilitar extremista que também está presente no país, sequestraram o responsável por um serviço de socorro e exigiram que recebessem alimentos, segundo o OSDH.

Cerca de 18 mil pessoas vivem em Yarmuk, local ameaçado pelas forças do governo há mais de um ano. Por volta de 200 residentes no acampamento morreram por desnutrição.

As relações entre o Hamas e o governo de Assad têm piorado desde o início da rebelião e a organização muçulmana transferiu sua sede para o Catar.

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