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Paraquedistas dos EUA chegam à Ucrânia para treinar Guarda Nacional

Soldados americanos ensinarão técnicas de combate aos ucranianos e também a "manter e reforçar o profissionalismo e a habilidade das equipes militares"

Agência France-Presse
postado em 17/04/2015 07:51
Kiev, Ucrânia - Trezentos paraquedistas americanos chegaram à Ucrânia para treinar soldados da Guarda Nacional ucraniana no oeste do país, anunciou nesta sexta-feira (17/4) o exército americano.



Os militares, que pertencem à 173; brigada aerotransportada, chegaram a Yavoriv, na região de Lviv, perto da fronteira polonesa, e treinarão 900 soldados da Guarda Nacional ucraniana, disse o exército em um comunicado publicado em seu site.

A decisão americana provocou uma rápida reação de Moscou. "A presença de especialistas de um terceiro país não facilita uma solução do conflito nem a criação de um bom ambiente, e, pelo contrário, desestabiliza seriamente a situação", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência russa Ria Novosti.

A Guarda Nacional ucraniana, subordinada ao ministério do Interior, é composta em parte por voluntários que participaram das milícias de autodefesa do Maidan, o movimento de contestação pró-europeu que invadiu o centro de Kiev em fevereiro de 2014 e foi reprimido pelo executivo anterior.

O treinamento durará seis meses, e está previsto que os instrutores americanos sejam substituídos a cada dois meses, segundo o comunicado.

Os soldados americanos ensinarão técnicas de combate aos ucranianos e também a "manter e reforçar o profissionalismo e a habilidade das equipes militares", declarou o comandante José Méndez, citado no comunicado.

Antes desta decisão, a Rússia já acusava os americanos de encorajar o movimento do Maidan que provocou a queda do regime pró-russo na Ucrânia.

A destituição do presidente ucraniano anterior, Viktor Yanukovytch, em fevereiro de 2014, desencadeou a anexação da península da Crimeia pela Rússia menos de um mês depois, e um conflito armado no leste separatista da Ucrânia que deixou 6.000 mortos em 11 meses.

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