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Para EUA, Grã-Bretanha e Noruega, eleições no Sudão não são confiáveis

Washington, Londres e Oslo incluíram a escassa participação na lista de "restrições à liberdade e aos direitos políticos"

Agência France-Presse
postado em 20/04/2015 20:19
Washington - Estados Unidos, Grã-Bretanha e Noruega denunciaram nesta segunda-feira o Sudão, que segundo eles não foi capaz de organizar eleições livres e confiáveis na semana passada.

Os três países afirmaram, em uma declaração conjunta, que lamentam "o fracasso do governo do Sudão na hora de organizar eleições livres, justas e em um clima propício".

Marcadas por uma escassa participação, as eleições presidenciais e legislativas nacionais e regionais foram celebradas entre a segunda e a quinta-feira passadas. O presidente Omar al-Bashir e seu partido têm a vitória garantida.

Washington, Londres e Oslo incluíram a escassa participação na lista de "restrições à liberdade e aos direitos políticos". As eleições se caracterizaram por vários problemas.

"O resultado desta votação não poderá ser considerado a expressão confiável da vontade do povo sudanês", acrescentaram os três governos. "Condenamos os atos de violência durante o período eleitoral e continuamos apoiando os sudaneses que querem fazer avançar um processo político pacífico e legítimo", destinado a realizar reformas e alcançar a estabilidade do país.

Depois de chegar ao poder em 1989, por meio de um golpe de Estado, o general al-Bashir, de 71 anos, tem praticamente assegurada a reeleição para um novo mandato de cinco anos, pois enfrenta candidatos pouco conhecidos e a maioria da oposição boicotou o pleito.



Al-Bashir é buscado pela Corte Penal Internacional (CPI) por crimes contra a humanidade e genocídio em Darfur. Espera-se que os resultados das eleições sejam conhecidos no fim de abril e caso nenhum candidato tenha a maioria absoluta, será necessária a realização de um segundo turno.

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