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Atenas e União Européia voltarão a negociar nesta segunda-feira

Encarregado grego por negociações com credores combinou reunião com representante da Comissão Europeia

Agência France-Presse
postado em 26/04/2015 20:46
As negociações entre Atenas e seus credores serão retomadas na segunda-feira, informou neste domingo (26) uma fonte do governo grego, acrescentando que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e a chanceler alemã, Angela Merkel, conversaram por telefone.

"Em uma conversa por telefone, Alexis Tsipras e a chanceler alemã expressaram a vontade de estabelecer uma comunicação estável ao longo das negociações a fim de chegar logo a um acordo reciprocamente útil", declarou a fonte. "Com o objetivo de acelerar as discussões, Tsipras também conversou com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem", acrescentou.

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Nikos Huliarakis, que representa Atenas no "grupo de Bruxelas", encarregado das negociações entre Grécia e seus credores, ligou para o representante da Comissão Europeia, Declan Costello, e concordaram em participar de uma teleconferência na segunda-feira, antes da reunião que acontecerá na quarta-feira em Bruxelas.

[SAIBAMAIS] As ligações acontecem dois dias depois da tensão vivida entre o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, e os 18 membros da zona do euro, durante uma reunião do Eurogrupo em Riga (Letônia), na qual não se chegou a um acordo.

Na quinta-feira, Tsipras reuniu-se com Angela Merkel e com o presidente francês François Hollande, à margem da cúpula europeia sobre imigração, para facilitar as negociações, estagnadas há dois meses. "Não pode não haver um acordo, vamos fazer tudo o que for necessário para que ele saia", declarou neste domingo o comissário europeu de Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici, à rádio francesa RTL.

Os credores (principalmente a UE e o Fundo Monetário Internacional) pedem a Atenas uma série de reformas que aumentem suas receitas públicas, enquanto que o governo grego se nega a adotar novas medidas de austeridade. "Nosso dever é convencer nossos sócios de que atuamos para fazer reformas profundas e uma política razoável de finanças públicas; seu dever é abandonar esse apego estéril à ;lógica; dos memorandos, que fracassou", declarou Varoufakis no domingo ao jornal grego Realnews.

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