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Terremoto no Nepal deixou mais de 3.200 mortos, anunciam autoridades

Número, no entanto, deve ser maior. Organizações humanitárias relatam elevado risco de propagação de doenças

Agência France-Presse
postado em 27/04/2015 06:39
Katmandu, Nepal - Ao menos 3.218 pessoas morreram no Nepal após o terremoto de sábado no país, anunciaram as autoridades nepalesas em um balanço atualizado. Segundo o diretor do departamento de gestão de catástrofes do ministério de Interior, Rameshwor Dangal, outras 6.500 pessoas ficaram feridas. O balanço anterior registrava 2.430 mortes. Nos países vizinhos, incluindo Índia e China, a tragédia provocou outras 90 mortes.

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[SAIBAMAIS]O terremoto de 7,8 graus de magnitude, o mais violento dos últimos 80 anos no país, provocou vários tremores secundários e diversos deslizamentos no monte Everest, onde 18 pessoas faleceram no início da temporada de alpinismo. O balanço pode ser ainda mais grave no Nepal, onde as agências humanitárias ainda têm dificuldades para avaliar o alcance da devastação e as necessidades da população.

Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Unicef. Milhares de crianças dormem ao relento desde o terremoto, ao lado dos pais, e o risco de propagação de doenças é elevado, segundo o Fundo da ONU para a Infância. "Pelo menos 940 mil crianças que vivem nas áreas mais afetadas pelo terremoto no Nepal têm uma necessidade urgente de ajuda humanitária", afirma um comunicado. "As restrições de acesso à água potável e às instalações de saúde expõem as crianças a doenças que se propagam pelo ar. Ao mesmo tempo, algumas crianças estão separadas de suas famílias", adverte o Unicef.



A organização está mobilizando equipes e enviará a Katmandu dois aviões de carga com 120 toneladas de ajuda humanitária, incluindo medicamentos, barracas e cobertores. O governo do Nepal enviou três helicópteros para tentar resgatar os alpinistas que permanecem bloqueados no Everest. Quase 150 pessoas permanecem nos campos 1 e 2 e as autoridades acreditam que não têm ferimentos graves. Eles serão levados para o campo base e não para a base da montanha, segundo o governo.

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