Agência France-Presse
postado em 27/04/2015 15:05
Nova York - Os Estados Unidos e o Japão concordaram em aumentar sua cooperação em defesa que transformará sua aliança militar, dando às forças armadas de Tóquio um papel mais ambicioso.Sob as novas diretrizes, o Japão poderá ajudar forças americanas ameaçadas por um terceiro país ou mobilizar navios dragadores de minas em uma missão no Oriente Médio, disseram autoridades nesta segunda-feira.
Estas diretrizes de defesa foram aprovadas pelos ministros das Relações Exteriores e de Defesa de ambos os países reunidos em Nova York, antes da visita a Washington na terça-feira do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, informaram funcionários japoneses e americanos.
O secretário de Estado americano, John Kerry, disse que esta aliança é à prova de tudo e inclui as ilhas Senkaku, controladas por Tóquio e disputadas por Pequim, localizadas no mar da China oriental.
No entanto, o secretário de Defesa, Ashton Carter, ressaltou que a atualização da aliança com Tóquio "não é direcionada especificamente contra a China".
"Há outros temas sobre os quais os Estados Unidos e o Japão podem, devem e querem cooperar", como a ameaça representada pela Coreia do Norte, ressaltou.
Além disso, declarou que Washington e Tóquio querem aprofundar assuntos como segurança informática ou espaço.
Abe realiza nesta semana uma visita histórica aos Estados Unidos na qual planeja fortalecer a aliança estratégica entre os dois países diante da superpotência chinesa na Ásia-Pacífico.
Símbolo da importância concedida a esta visita, Abe se converterá na quarta-feira no primeiro líder japonês a tomar a palavra ante o Congresso, um privilégio reservado aos melhores amigos de Washington.
Na agenda da visita também figura o Acordo de Associação Transpacífico (TTP, em inglês), um projeto de zona livre de comércio regional, do qual a China ficou excluída.
Estados Unidos e Japão estão prestes a alcançar um acordo sobre este tema, afirmou recentemente o subsecretário de Estado americano para a Ásia, Danny Russel.