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Estados Unidos negam morte de civis sírios em ataque aéreo na Síria

O diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, disse que sete crianças estariam entre os mortos nos ataques da coalizão comandada pelos EUA

Agência France-Presse
postado em 03/05/2015 22:49
O Exército americano negou neste domingo um informe segundo o qual ataques aéreos comandados pelos Estados Unidos teriam matado pelo menos 52 civis no norte da Síria no início da semana, e informou que os mortos eram, na verdade, combatentes.

O diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman, havia dito à AFP que sete crianças estariam entre os mortos nos ataques da coalizão comandada pelos Estados Unidos, lançados na madrugada de quinta para sexta-feira na cidade de Birmahle, na província de Aleppo.

[SAIBAMAIS]Ele tinha alertado que o número de vítimas poderia subir, uma vez que socorristas lutavam para salvar 13 pessoas que estariam presas sob os escombros de construções atingidas.

"O Comando Central americano pode confirmar que as forças da coalizão conduziu ataques aéreos nas vizinhanças de Birmahle, Síria, em 30 de abril, destruindo várias posições de combate do ISIS (n.r: Estado Islâmico) e atingindo mais de 50 combatentes do ISIS", afirmou o porta-voz do comando, major Curt Kellogg, em um comunicado.

"Atualmente não temos qualquer indício de que qualquer civil tenha morrido nestes ataques", concluiu. Milicianos curdos e rebeldes sírios lutavam contra combatentes do ISIS em uma cidade distante cerca de 2km de Birmahle no momento dos ataques.

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"Antes dos bombardeios, forças curdas, que controlavam a cidade antes de deixá-la, após serem atacados pelo ISIS, reportaram que não havia civis naquela localização e que não tinha havido qualquer civil nas duas semanas que antecederam os ataques aéreos da coalizão", disse Kellogg.

O porta-voz destacou que são tomados cuidados para reduzir os riscos de danos colaterais e mortes de civis durante as operações aéreas. "Somos extremamente rigorosos em sermos precisos na aplicação dos nossos ataques aéreos e levamos muito a sério todas as alegações de baixas civis", afirmou.

Os ataques aéreos da coalizão internacional tem apoiado as milícias curdas que combatem o Estado Islâmico na província de Aleppo, sobretudo na fronteira com Kobane, que fica perto de Birmahle. Apoiados pelos bombardeios, os combatentes curdos conseguiram expulsar os extremistas de Kobane em janeiro.

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