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Jihadistas mudam mapa do Oriente Médio e impõem desafios ao Ocidente

"Os extremistas buscam rápidas vitórias para manter o recrutamento", avalia Paul J. Sullivan

Rodrigo Craveiro
postado em 24/05/2015 08:00
;Quando o mal existe, o esclarecido e o poderoso precisam confrontá-lo; caso contrário, ele cobrirá o mundo, como uma praga.; O norte-americano Paul J. Sullivan, professor da Universidade de Defesa Nacional e de estudos sobre segurança na Universidade de Georgetown, usou essa frase para externar a preocupação e a frustração ante o avanço do Estado Islâmico pela Síria e pelo Iraque. Um sentimento compartilhado pela comunidade internacional e reforçado durante a última semana, após as quedas de Ramadi ; um bastião iraquiano sunita ; e do sítio arqueológico sírio de Palmira.

Extremistas divulgaram imagens da bandeira do grupo sobre a antiga cidadela de Tadmur, na histórica PalmiraComo uma praga, os jihadistas espalham o horror, subjugam populações civis a uma versão deturpada da sharia (lei islâmica), decapitam inimigos e impõem as fronteiras de um califado onde a lei da espada fala mais alto. Os bombardeios da coalizão liderada pelos EUA não conseguiram debilitar o Estado Islâmico (EI), cuja crueldade chegou a incomodar Osama bin Laden, o falecido líder da rede terrorista Al-Qaeda. Para especialistas, somente uma ação militar contundente esmagará a facção de Abu Bakr Al-Baghdadi.




Sullivan vê o progresso do EI no Oriente Médio como sintomático. ;Os extremistas buscam rápidas vitórias para manter o recrutamento. Muitos militantes abandonaram o grupo ao descobrirem como ele é psicótico e vicioso. As forças iraquianas não estão à altura da tarefa de combatê-los;, alertou, em entrevista por e-mail. ;O avanço do EI pode ser contido, caso a quantidade certa de força implacável seja aplicada por todos os lados, a partir do céu, do mar, da terra e do ambiente virtual;, acrescentou Sullivan, também analista do Conselho Nacional de Relações Árabes dos EUA. Ele acredita que a entrada da Rússia e da China na coalizão pode ser o fator-chave para reverter a tendência de expansão jihadista. O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, visitou Moscou na última quinta para pedir ajuda do Kremlin.

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