Mundo

Primeira-dama do Peru é investigada por doação de empresa venezuelana

A doação teria sido para financiar a campanha de seu marido, o presidente Ollanta Humala - informou neste domingo a imprensa peruana

Agência France-Presse
postado em 31/05/2015 14:01
Primeira-dama, Nadine Heredia
Lima -
A procuradoria especializada em lavagem de dinheiro investiga a primeira-dama do Peru pelo ingresso de dinheiro em 2005 de uma empresa venezuelana para financiar a campanha de seu marido, o presidente Ollanta Humala - informou neste domingo a imprensa peruana.

A procuradoria, em coordenação com a Unidade de Investigação Financeira (UIF), detectou que parte do dinheiro que chegou em 2005 à conta da presidente do Partido Nacionalista e primeira-dama, Nadine Heredia, veio de uma empresa venezuelana, segundo o jornal La República.

"Os 87.451 dólares da empresa Inversiones Kaysamak, com sede em Caracas, não chegaram diretamente à conta bancária da presidente do Partido Nacionalista, mas através de sua mãe, Antonia Alarcón e de sua amiga Rocío del Carmen Calderón", garantiu o jornal.

Essa informação foi apresentada há poucos dias pelo procurador especializado em lavagem de dinheiro, Cesar Rojas, perante um juiz para pedir a reabertura do inquérito sobre suposta lavagem de dinheiro por Nadine Heredia.

A investigação conduzida por Rojas ocorre no momento em que a Bolívia extraditou em 29 de maio o fugitivo Martin Belaunde Lossio, ex-colaborador de Humala e conhecido como tesoureiro do Partido Nacionalista, entre 2005 e 2011, acusado de pressionar as agências estatais para favorecer com licitações públicas empresas privadas com as quais está vinculado.

Em fevereiro de 2015, o Ministério Público abriu uma investigação contra Heredia por suposta lavagem de dinheiro, na sequência de um relatório da UIF que revelou irregularidades em suas contas.

A UIF diz que Heredia, presidente do Partido Nacionalista no poder, não teria justificado rendas de cerca de 215 mil dólares entre 2006 e 2009.

Este domingo, o instituto de pesquisa GFK informou no jornal La República que a aprovação em maio do presidente Humala caiu para 16%, oito pontos a menos do que em abril, e a de sua esposa caiu para 18%, nove pontos a menos do que em abril.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação