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Sobe para 37 o número de mortos em atentado na Tunísia

Estudante sem ficha criminal foi o responsável pela tragédia

Agência France-Presse
postado em 26/06/2015 14:46

Hotel em Sousse, na Tunísia, onde ao menos 37 pessoas ficaram feridas em tiroteio

Ao menos 37 pessoas morreram quando um homem abriu fogo contra hóspedes de um hotel em Sousse, balneário no leste da Tunísia, na manhã desta sexta-feira (26/6). Este foi o pior atentado da história recente do país.

Segundo o secretário de Estado para questões de segurança, Rafik Chelly, o autor do ataque seria "um tunisiano, originário da região de Kairouan (centro da Tunísia) e seria um estudante que não tinha ficha na polícia". De acordo com o porta-voz do ministério do Interior, Mohamed Ali Aroui, o estudante "entrou por uma entrada na parte de trás do hotel antes de abrir fogo".

Em comunicado, o hotel afirmou que aproximadamente 665 pessoas estavam no estabelecimento. "Os clientes são majoritariamente do Reino Unido e da Europa central", completou. Segundo uma autoridade tunisiana, uma irlandesa estaria entre os mortos.

O hotel atacado foi o Marhaba, localizado na zona turística de Port el Kantaoui, nos arredores da cidade de Sousse.

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[SAIBAMAIS]"Foi um ataque terrorista contra o hotel Marhaba. O agressor foi abatido, mas podem haver outros. Se havia outros elementos com ele não podemos nem confirmar não descartar", afirmou Aroui à televisão estatal.

A Tunísia já havia expressado temores quanto a atentados com a aproximação da alta temporada turística e anunciou medidas de segurança reforçadas.

Também acontece no mesmo dia de dois outros ataques ligados ao movimento jihadista, um contra uma mesquita xiita no Kuwait, e outro na França, onde um homem foi decapitado.

Em função desse cenário, presidente tunisiano Beji Caid Essebsi, que visitou o local da tragédia, afirmou que a Tunísia não tem como enfrentar sozinha a ameaça jihadista, e por isso é necessária uma "estratégia global".

"Percebemos que a Tunísia enfrenta agora um movimento internacional. Ela não pode responder sozinha a isso. Como prova, no mesmo dia, ao mesmo tempo, a França foi alvo de uma tal operação, o Kuwait também. Isso prova a necessidade de uma estratégia abrangente e que todos os países democráticos devem agora unir forças", declarou.

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