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Ao menos seis pessoas ficam feridas na marcha do Orgulho Gay em Jerusalém

A polícia afirmou que o agressor, um judeu ultra-ortodoxo, já foi apreendido

Agência France-Presse
postado em 30/07/2015 13:43
Jerusalém - Seis pessoas que participavam de um desfile do Orgulho Gay em Jerusalém foram feridas nesta quinta-feira por um homem que as atacou com uma faca, segundo um novo balanço dos serviços de segurança e saúde.

A polícia informou que o agressor, um judeu ultra-ortodoxo, foi detido antes de atacar outros participantes da marcha que ocorria no centro de Jerusalém. O Magen David Adom, o equivalente à Cruz Vermelha, indicou que dois dos feridos estão em estado "crítico".



Em 2005, o mesmo agressor feriu três participantes de uma parada do Orgulho Gay em Jerusalém. Identificado como Yisha; Shlissel, ele foi libertado da prisão há três semanas, depois de cumprir uma pena de dez anos de prisão pelo ataque anterior, segundo um porta-voz da polícia.

Um porta-voz da polícia ressaltou que um "importante aparato de segurança" foi montado por ocasião da marcha.

Após o ataque, a marcha continuou ao longo das ruas enfeitadas com bandeiras do arco-íris, em direção ao jardim do sino, onde devia acontecer uma festa à noite.

"Como se trata de um ambiente fechado, a nossa missão de proteção será mais fácil neste jardim", disse um porta-voz da polícia.

Uma contra-manifestação que estava no local para denunciar a marcha condenou o ataque, ressaltando que "uma tal manifestação não poderia ocorrer em Jerusalém, já que se trata de uma marcha do orgulho, mas uma marcha da abominação".

A comunidade gay israelense foi atingida em 2009, quando um homem abriu fogo em um centro de apoio à juventude gay em Tel Aviv. Duas pessoas foram mortas e quinze feridas. O autor do ataque não foi preso.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou o ataque desta quinta, indicando que "este é um incidente muito sério. Seu autor será julgado. O Estado de Israel respeita a liberdade de cada um, que é um princípio fundamental em vigor em nosso país. Temos de garantir que todos os homens e mulheres vivam com segurança da maneira que escolher".

Expostos à hostilidade de uma grande parte da comunidade ultra-ortodoxa, os organizadores da marcha traçaram junto com a polícia um trajeto evitando os bairros religiosos da cidade.

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