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Líbia chega a acordo sobre governo de unidade nacional

A proposta inclui vários candidatos a ministros e a postos-chave, como o Conselho de Estado

Agência France-Presse
postado em 09/10/2015 07:08
Tripoli, Líbia - O enviado das Nações Unidas para a Líbia, Bernardino León, anunciou nesta sexta-feira (9/10) a formação de um governo líbio de unidade nacional, presidido por Fayez el Sarraj e com três vice-primeiros-ministros: Ahmad Meitig, Fathi el Mejbri e Musa el Koni.

[SAIBAMAIS]"Após um ano de esforços neste processo envolvendo mais de 150 personalidades líbias, representando todas as regiões, finalmente chegou o momento de poder propor a formação de um governo de unidade nacional", disse León em entrevista coletiva realizada em Skhirat, no Marrocos, onde ocorrem as negociações.

A proposta inclui vários candidatos a ministros e a postos-chave, como o Conselho de Estado, que seria entregue a Abderrahman Swehli, e o Conselho de Segurança Nacional, que caberia a Fathi Bashagha.

"Muitos líbios perderam a vida e muitas mães sofreram. Atualmente, quase 2,4 milhões de líbios precisam de ajuda humanitária", assinalou o enviado da ONU para a Líbia.

"Estamos convencidos de que (a composição deste governo) pode funcionar (...). Os líbios devem aproveitar esta oportunidade histórica para salvar o país".

Quase quatro anos após a queda do regime de Muammar Kadhafi, a Líbia segue atolada no caos, com dois parlamentos e dois governos: o Congresso Geral Nacional (CGN), controlado pela coalizão de milícias Fajr Libya, com sede em Trípoli, e o Parlamento em Tobruk, reconhecido pela comunidade internacional.

Em um comunicado oficial publicado durante a madrugada, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, celebrou este acordo "em um momento crucial da história" da Líbia, que responde "às aspirações de paz e de prosperidade do povo líbio".



"A União Europeia apoia por completo o texto final e os altos responsáveis do governo de unidade nacional que terão a responsabilidade de compor o novo governo e de aplicar os termos do acordo".

Mogherini anunciou ainda que a UE está disposta a oferecer ao novo governo apoio político e financeiro, concretamente 100 milhões de euros.

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