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Turquia tem o dever de defender suas fronteiras, diz premiê Ahmet Davutoglu

O presidente russo Vladimir Putin afirmou, por sua vez, que a derrubada do avião russo pelas forças de segurança turcas terá graves consequências

Agência France-Presse
postado em 24/11/2015 11:50
O presidente russo Vladimir Putin afirmou, por sua vez, que a derrubada do avião russo pelas forças de segurança turcas terá graves consequências
Ancara, Turquia -
O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu justificou a decisão de suas Forças Armadas de abater nesta terça-feira (24/11) um avião militar russo que, segundo Ancara, violou seu espaço aéreo, ao afirmar que a Turquia tem o dever de fazer de tudo para proteger suas fronteiras. "Todo mundo deve saber que é nosso direito internacional reconhecido e nosso dever adotar todas as medidas necessárias contra qualquer coisa que viole nosso espaço aéreo ou nossas fronteiras", declarou Davutoglu à imprensa.

[SAIBAMAIS]O presidente russo Vladimir Putin afirmou, por sua vez, que a derrubada do avião russo pelas forças de segurança turcas terá graves consequências nas relações entre os dois países. "A perda de hoje é uma facada nas costas que foi dada pelos cúmplices dos terroristas", declarou Putin em coletiva de imprensa na presença do rei da Jordânia, Abdullah II. "Certamente, vamos analisar o que aconteceu. E os eventos trágicos de hoje vão ter consequências sérias nas relações russo-turcas", acrescentou. "Nosso avião, nossos pilotos, não ameaçavam a Turquia", disse ainda.



A Turquia derrubou nesta terça-feira um avião militar russo em sua fronteira com a Síria, no incidente mais grave desde o início da intervenção da Rússia no conflito sírio no fim de setembro.

Ancara afirma que a aeronave violou o espaço aéreo turco. Moscou admitiu que o avião foi derrubado, um caça do tipo Sukhoi Su-24, mas garantiu que o aparelho sobrevoava o espaço aéreo sírio. O Su-24 caiu no extremo noroeste do território sírio, ao oeste da cidade de Idleb, cenário há alguns dias de violentos combates entre o exército leal ao presidente Bashar al-Assad, apoiado pelos russos, e os rebeldes.

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