postado em 05/05/2016 06:41
Coroado com a vitória de terça-feira nas primárias de Indiana e a desistência dos últimos rivais ; o senador Ted Cruz e o governador John Kasich ;, o bilionário Donald Trump tem pela frente duas tarefas centrais na campanha para vencer a eleição de novembro e tornar-se o próximo presidente dos Estados Unidos. Depois de uma disputa interna acirrada, na qual foi combatido pela cúpula, Trump precisa unificar o Partido Republicano em torno do seu nome. Além disso, tem de reverter uma situação inicial desfavorável no confronto com a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, provável candidata presidencial do Partido Democrata.
[SAIBAMAIS]No mesmo dia em que o magnata dos imóveis saboreava o triunfo na primeira etapa da campanha, a tevê CNN divulgou pesquisa nacional de intenção de votos na qual Hillary aparece com 53% das preferências, e Trump com 41%. O candidato republicano tem a seu favor a sondagem do Rasmussen Reports: com 41% a 39%, ele lidera pela primeira vez a disputa direta com a adversária. Na média das últimas pesquisas, calculada pelo site RealClear, a democrata mantém liderança de 6,5 pontos.
Além das resistências do establishment republicano e de setores conservadores tradicionais que formam o eleitorado do partido, Trump tem como obstáculo a rejeição que enfrenta entre setores sociais que podem ser decisivos nas urnas: latinos, negros e mulheres. Em parte como reflexo dessa dificuldade, o candidato da oposição aparece em desvantagem no mapa montado pelo jornal The New York Times a partir das pesquisas nos 50 estados ; onde, em novembro, serão escolhidos delegados ao Colégio Eleitoral que define o presidente dos Estados Unidos. Pelos números atuais, segundo o Times, Hillary venceria a disputa indireta, com 347 delegados, contra 191 de Trump.
O estilo provocador e desbocado do bilionário aprofundou as divisões em um partido que venceu pela última vez a disputa presidencial em 2004, quando George W. Bush foi reeleito pela segunda vez. A missão de congregar os republicanos começa pela escolha do companheiro de chapa. Questionado ontem pela rede ABC, Trump disse que buscará um vice ;com experiência política;. ;Quero alguém que tenha talento para se relacionar com o Senado, para interagir com o Congresso, que possa fazer as leis serem votadas;, explicou.
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