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Equador expressa preocupação após deportação de deputados da Venezuela

Caracas acusa a oposição de buscar o apoio da direita internacional para tentar derrubar Maduro

Agência France-Presse
postado em 27/08/2016 11:36
O Equador expressou preocupação após um incidente ocorrido nesta sexta-feira (26/8), em que deputados do país foram deportados pela Venezuela após dialogarem com a oposição.

A chancelaria "expressa sua preocupação com o incidente" em Caracas, em que se viram envolvidos os deputados de oposição Cynthia Viteri, pré-candidata presidencial nas eleições de 2017, e Henry Cucalón, assinala a pasta em um comunicado divulgado na noite de ontem.

Acrescenta que "solicitou informações adicionais ao governo venezuelano, a fim de esclarecer o fato e tomar as medidas cabíveis".

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A chancelaria informou que, assim que soube do fato, a embaixada do Equador em Caracas se dirigiu ao governo venezuelano para "solicitar a garantia dos direitos constitucionais dos cidadãos e cidadãs do Equador".

Segundo Cynthia Viteri, efetivos do serviço de inteligência da Venezuela interceptaram o grupo equatoriano quando o mesmo aguardava em frente à prisão militar de Ramo Verde por Lilian Tintori, mulher do opositor Leopoldo López, que cumpre pena de quase 14 anos no local por acusação de incitação à violência durante protestos contra o governo Nicolás Maduro em 2014 que deixaram 43 mortos.

Cynthia relatou que o grupo teve os passaportes apreendidos e foi informado de que estava sendo expulso.

Caracas acusa a oposição de buscar o apoio da direita internacional para tentar derrubar Maduro, que enfrenta uma ofensiva de adversários para a convocação de um referendo revogatório de seu mandato.

Os políticos equatorianos chegaram na madrugada de hoje a seu país. "O que vivemos na #Venezuela foi d terror. Já estamos no #Ecuador", expressou Cynthia no Twitter.

"Graças a Deus estou junto à minha família. Em breve, poderão dizer o mesmo os 129 presos políticos da #Venezuela".

A Assembleia Nacional do Equador assinalou que Cynthia havia solicitado licença para se ausentar do Parlamento até 2 de setembro, porque a viagem à Venezuela "não se tratou de visita oficial, uma vez que não foi realizada no exercício de suas funções parlamentares, nem como delegada do Legislativo".

Assinalou que Cucalón, embora não estivesse de licença, "tampouco cumpria funções próprias do Legislativo".

Cynthia Viteri, que pretendia visitar Leopoldo López, chegou à Venezuela na última quinta-feira e se reuniu com membros do Legislativo e líderes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) antes de ser deportada.

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