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Líder de extrema-direita critica invasão de muçulmanos na Austrália

"Agora corremos o risco de sermos inundados por muçulmanos, que trazem uma cultura e uma ideologia que é incompatível com a nossa", acrescentou

Agência France-Presse
postado em 14/09/2016 10:07
Sydney, Austrália - A polêmica líder da extrema-direita australiana Pauline Hanson afirmou nesta quarta-feira (14/9) que a Austrália corre perigo de ser inundada por muçulmanos. Vinte anos depois de dizer que a Austrália corria o risco de ser invadida por asiáticos, Hanson usou seu primeiro discurso como senadora no Parlamento depois de reeleita em julho para declarar: "Eu voltei".

"Agora corremos o risco de sermos inundados por muçulmanos, que trazem uma cultura e uma [SAIBAMAIS]ideologia que é incompatível com a nossa", acrescentou. "O Islã não pode ter uma presença significativa na Austrália se quisermos viver numa sociedade aberta, secular e coesa", disse ainda.

O líder do Partido Verde, Richard Di Natale, abandonou o plenário junto com seus colegas de partido durante o discurso de Pauline. "Racismo não tem lugar no Parlamento, mas é o que acabamos de ouvir da Senadora Hanson. Eu me solidarizo com as pessoas magoadas por suas palavras", tuitou.



O partido Uma Nação de Pauline Hanson ganhou quatro cadeiras no Senado com uma violenta campanha xenófoba nas eleições de julho, um retorno que surpreendeu a todos depois que as visões populistas da congressista quase causaram um mal-estar diplomático com a Ásia nos anos 1990.

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