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Dezenas de palestinos são detidos em Jerusalém Oriental após ataque

As detenções aconteceram depois do ataque cometido por Misba Abu Sbeih, um palestino de 39 anos que abriu fogo em três pontos distintos de Jerusalém

Agência France-Presse
postado em 10/10/2016 08:40
Jerusalém, Undefined - As autoridades israelenses anunciaram a detenção de dezenas de palestinos em Jerusalém Oriental desde o ataque de domingo em que um palestino matou dois israelenses, antes de ser morto. Trinta e um palestinos que desejavam participar no domingo à tarde de um ato em memória do autor do ataque, assim como parentes do agressor, foram detidos em Jerusalém Oriental, informou o ministro da Segurança Interna, Gilad Erdan.

Outros 15 palestinos foram detidos depois que atiraram pedras e garrafas incendiárias contra as forças de segurança em vários bairros de Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade anexada e ocupada por Israel, indicou a porta-voz da polícia, Luba Samri.

As detenções aconteceram depois do ataque cometido por Misba Abu Sbeih, um palestino de 39 anos [SAIBAMAIS]que abriu fogo em três pontos distintos de Jerusalém. O ataque matou Levana Melihi, uma aposentada de 60 anos, e Yossef Kirma, um policial de 29 anos, além de ter deixado cinco feridos.

Misba Abu Sbeih, morto pela polícia, estava com um fuzil M16 do exército israelense, de acordo com a imprensa. O ataque de domingo deixou as autoridades em alerta para o risco de uma nova escalada de violência antes das grandes celebrações judaicas: Yom Kippur, a partir de terça-feira, e a festa do Sucot, no início da próxima semana. No ano passado, o período foi marcado por uma elevada tensão.



Durante as celebrações, dezenas de milhares de judeus rezam no Muro das Lamentações, na Cidade Antiga de Jerusalém Oriental, ao pé da Esplanada das Mesquitas, terceiro local sagrado do islã e também venerado pelos judeus como o Monte do Templo. Desde outubro de 2015, a onda de violência nos Territórios Palestinos, Israel e Jerusalém resultou na morte de 232 palestinos, 36 israelenses, dois americanos, um eritreu e um sudanês, de acordo com um balanço da AFP. Muitos palestinos mortos eram autores ou supostos autores de ataques.

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