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Secretário da OEA pede a colombianos acordo de paz rápido e inclusivo

"Saudamos a vontade indeclinável de todos os atores envolvidos para encontrar uma saída viável para esta situação pós-plebiscito", declarou Luis Almagro em um comunicado

Agência France-Presse
postado em 10/10/2016 23:15

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, fez um apelo à classe política colombiana e à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para que consigam em breve um novo acordo de paz "inclusivo e definitivo", após a rejeição nas urnas.

"Saudamos a vontade indeclinável de todos os atores envolvidos para encontrar uma saída viável para esta situação pós-plebiscito", declarou Almagro em um comunicado.

"Do mesmo modo, nós os convidamos a concluir, o mais rápido possível, um acordo inclusivo e definitivo que ponha fim ao conflito armado", completou, reiterando que o Prêmio Nobel da Paz outorgado ao presidente Juan Manuel Santos "deve ser o melhor atrativo" para tomar esse caminho.

No referendo de 2 de outubro, uma estreita maioria dos eleitores colombianos rejeitou os acordos de paz firmados entre o governo e as Farc em Havana.

A oposição liderada pelo ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe, o qual esteve à frente da campanha pelo "não", insiste em penas de reclusão para os membros das Farc e critica uma eventual elegibilidade de seus responsáveis para cargos públicos.

Segundo Almagro, o resultado da votação deve ser respeitado e "abre as portas para um processo de paz ancorado em um grande diálogo nacional".

Ele também saudou as manifestações do governo, da oposição e das Farc de insistirem em suas intenções de buscar a paz, após o plebiscito.

"Esse acertado caminho de conciliação promovido pelo governo, do qual a oposição participa e que conta com a boa vontade explícita das Farc, é essencial em toda democracia para resolver as diferenças internas", afirmou o ex-chanceler uruguaio.

Almagro reiterou que a OEA continuará sua assistência à Colômbia durante o período pós-conflito. Desde 2004, a organização dirige uma Missão de Apoio ao Processo de Paz.

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