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Espécie desconhecida de dinossauro gigante é descoberta na Austrália

Com 14 metros de comprimento, o Savannasaurus elliottorum foi um dinossauro herbívoro pertencente ao grupo dos saurópodes, que inclui os maiores animais que já habitaram a Terra

Agência France-Presse
postado em 20/10/2016 18:49

Paris, França - Os fósseis de uma espécie desconhecida de dinossauro, gigante e de pescoço longo, foram descobertos no nordeste da Austrália, gerando entre os paleontólogos a hipótese de que seus ancestrais chegaram da América do Sul, através da Antártica, há 105 milhões de anos.


[SAIBAMAIS]Com 14 metros de comprimento, o Savannasaurus elliottorum foi um dinossauro herbívoro pertencente ao grupo dos saurópodes, que inclui os maiores animais que já habitaram a Terra. A descoberta, junto com os restos de um exemplar de outro saurópode chamado Diamantinasaurus matildae, foi anunciada na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

Os paleontólogos apelidaram os dinossauros de Wade e Matilda. Acredita-se que ambas as espécies são exclusivas da Austrália. Como e quando estes e outros dinossauros chegaram a terras australianas é fonte de um grande debate em curso, e sem dúvida esta nova descoberta vai adicionar lenha à fogueira. Alguns especialistas consideram que eles chegaram - e depois continuaram evoluindo - muito antes do Cretáceo, o período de 80 milhões de anos que terminou com um cataclismo há 66 milhões de anos, que acabou com a metade das formas de vida que havia sobre a Terra.

No entanto, o estudo sugere outra hipótese, indica seu autor principal, Stephen Poropat, da Universidade de Uppsala, na Suécia. "Sugerimos que nossos saurópodes evoluíram a partir de ancestrais sul-americanos", disse à AFP. Aqueles ancestrais, acrescentou, teriam atravessado uma ponte de terra sobre a Antártica, contornado a sua costa, e depois cruzado outra ponte até a Austrália. Durante a maior parte do Cretáceo, disse Poropat, o continente polar teria sido frio demais para esses herbívoros grandes e desajeitados sobreviverem à viagem.

Mas cerca de 105 milhões de anos atrás, segundo uma pesquisa anterior, a região provavelmente aqueceu o suficiente para permitir a passagem dos dinossauros. "Até onde sabemos, a Antártica não esteve congelada em nenhum momento" entre 251 e 66 milhões de anos atrás, disse o pesquisador. Efetivamente, registros fósseis mostram que essa massa de terra, hoje coberta com uma camada de gelo de dois quilômetros de espessura, abrigava então densas florestas na sua superfície.

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