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Ministro israelense diz que próxima guerra de Gaza será a última para Hamas

Nesta segunda-feira, a força aérea israelense bombardeou uma posição do Hamas após o disparo de um foguete diante do enclave. O incidente não deixou nenhum ferido

Agência France-Presse
postado em 24/10/2016 08:56
Jerusalém, Undefined - O ministro ultranacionalista israelense da Defesa, Avigdor Lieberman, advertiu nesta segunda-feira (24/10) ao Hamas que qualquer guerra na Faixa de Gaza será "a última" porque Israel acabará com o movimento islamita. "Não temos nenhuma intenção de começar um novo confronto, mas se eles impuserem uma nova guerra em Israel, esta será a última", disse Lieberman ao jornal palestino Al Quds.

"Será o último confronto porque os destruiremos totalmente", insistiu. Avigdor Lieberman deu uma entrevista ao jornal com sede em Jerusalém, algo pouco comum, para se dirigir diretamente aos palestinos, disse. Lieberman convocou os cidadãos de Gaza, "reféns" do Hamas, a pressionar o movimento para que mude suas prioridades.

Israel travou entre 2008 e 2014 três guerras contra o Hamas, que governa sozinho na Faixa de Gaza [SAIBAMAIS]desde 2007, e contra outros grupos de combatentes presentes neste território. Desde 2014, ambos mantêm uma tensa trégua. Costumam ser registrados disparos de foguetes de Gaza a Israel, seguidos da resposta do Estado hebreu.

Nesta segunda-feira, a força aérea israelense bombardeou uma posição do Hamas após o disparo de um foguete diante do enclave. O incidente não deixou nenhum ferido. Lieberman, um veterano da política conhecido por seu discurso antiárabe e seu populismo agressivo, assumiu a pasta da Defesa em maio, permitindo que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pudesse consolidar uma frágil coalizão formando um dos governos mais conservadores da história de Israel.



"Não temos nenhuma intenção de começar uma nova guerra contra nossos vizinhos da Faixa de Gaza, ou na Cisjordânia (território palestino ocupado por Israel), no Líbano ou na Síria", dois países com os quais Israel segue tecnicamente em guerra, afirmou Lieberman.

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