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Explosões deixam 9 pessoas mortas e 24 feridas na Nigéria

Os homens-bomba visavam o campo de refugiados de Bakassi, nos arredores de Maiduguri, a maior cidade da região e berço do Boko Haram.

Agência France-Presse
postado em 29/10/2016 10:04
Pelo menos "9 pessoas foram mortas e 24 ficaram feridas" por dois homens-bomba que se explodiram neste sábado em Maiduguri, no nordeste da Nigéria, região assolada pela insurgência dos extremistas islâmicos do Boko Haram, anunciou o serviço de emergência nigeriano.

Os homens-bomba visavam o campo de refugiados de Bakassi, nos arredores de Maiduguri, a maior cidade da região e berço do Boko Haram. O acampamento é o lar de nigerianos que tiveram de deixar suas casas por causa da violência no país.

"Dois homens-bomba conduzindo rickshaws detonaram seus explosivos esta manhã com um intervalo de 10 minutos entre cada explosão", explicou o porta-voz da Agência Nacional dos Serviços de Emergência (Nema), Mohammed Kanar.

"Um dos homens-bomba tentou penetrar no campo de deslocados de Bakassi, mas ele explodiu na entrada, matando quatro pessoas", informou.

"O outro homem-bomba, que estava acompanhado por duas pessoas, explodiu alguns minutos mais tarde, perto do depósito de combustível do acampamento", acrescentou.

"Nove pessoas foram mortas e 24 feridos foram evacuados para hospitais", informou Nema em sua conta no Twitter.

As explosões não foram reivindicadas, mas correspondem ao modus operandi do Boko Haram, que já atacou diversas vezes campos de deslocados. As agências humanitárias no país estimam que 1,5 milhão de pessoas são refugiadas em Maiduguri.

Em 12 de outubro, um carro-bomba explodiu em um ponto de ônibus na cidade, fazendo oito mortos e quinze feridos.

O estado de Borno - de onde Maiduguri é a capital - e grande parte dos estados vizinhos do nordeste da Nigéria foram assolados por sete anos de conflito entre o Boko Haram e as forças de segurança.

A insurgência islâmica e a feroz repressão pelo exército e as forças de segurança nigerianas deixaran pelo menos 20.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados desde 2009.

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