Mundo

Feminicídios desenfreados na Argentina: policial mata ex-mulher e namorada

O membro da Prefeitura (polícia militar) usou sua arma regulamentar para matar na tarde do sábado primeiro sua ex-mulher e depois sua companheira atual

postado em 06/11/2016 15:11
Um policial guarda-costas assassinou sua ex-esposa e sua namorada, um duplo feminicídio ocorrido menos de um mês após um grande protesto da ONG ;Ni Una Menos; contra a violência machista e de gênero, informou neste domingo (06/11) um promotor.
[SAIBAMAIS]
O membro da Prefeitura (polícia militar) usou sua arma regulamentar para matar na tarde do sábado primeiro sua ex-mulher e depois sua companheira atual, informou o canal TN e o promotor Juan Ramírez Montrull.

Os dois crimes ocorreram na cidade de Paraná, capital da província de Entre Rios (centro-leste), cerca de 600 km ao norte de Buenos Aires. "O assassino foi detido após ferir levemente um vizinho", disse Montrull, sem identificar o criminoso.

O detido teve três filhos com sua ex-esposa. Foi buscá-la em sua casa e disparou contra ela a sangue frio, segundo o relato judicial. Viajou depois entre 15 e 20 minutos até a casa de sua namorada, da qual havia se distanciado há um mês, para matá-la.

Relembre outros feminicídios

Milhares de mulheres e homens marcharam em 19 de outubro até a histórica Praça de Maio, em frente à Casa do Governo, horrorizados pelo brutal assassinato de uma adolescente que foi drogada, estuprada e torturada em Mar del Plata (sul). Simultaneamente, foram realizadas manifestações em cidades da América Latina e da Espanha.

Três dias após a marcha ;Ni Una Menos;, um homem de 30 anos assassinou sua ex-mulher, a irmã dela e a avó de ambas e feriu com gravidade uma bebê de sete meses e um menino de 11 anos em Godoy Cruz, um bairro residencial da província de Mendoza, 1.100 km a oeste de Buenos Aires.

Ao longo de 2016, 175 mulheres foram mortas em casos de violência de gênero, segundo a ONG Casa del Encontro. Segundo o Registro Nacional de Feminicídios da Suprema Corte em 2015 uma mulher foi morta a cada 36 horas na Argentina.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação