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Chavismo descarta eleições antecipadas na Venezuela

Diosdado Cabello descartou a realização de eleições gerais na Venezuela no primeiro trimestre de 2017

postado em 06/11/2016 15:57
O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, descartou neste domingo (06/11) a realização de eleições gerais na Venezuela no primeiro trimestre de 2017, como um possível acordo do diálogo entre o governo e a oposição.

"Tomara que (o diálogo) tenha sucesso, mas eu não vejo muito futuro, sobretudo quando esta gente (oposição) diz que sua exigência é que deve haver eleições gerais do primeiro trimestre do ano de 2017, porque se não eles se levantam [da mesa de negociações]. Que se levantem. Aqui não vai haver eleições gerais", disse Cabello, em entrevista no canal privado Televen.
[SAIBAMAIS]
Líderes da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) asseguram ter apresentado a possibilidade de eleições antecipadas nas negociações com o governo iniciadas em 30 de outubro, com o apoio do Vaticano e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

Cabello disse desconhecer no que se baseia a oposição para falar de antecipação das eleições gerais. "Isso não foi apresentado, nem nós temos a mínima disposição de violar a Constituição desta maneira", declarou.

O líder chavista reiterou que o Poder Eleitoral definiu um cronograma que estabelece eleições de governadores, no final do primeiro semestre de 2017, e de prefeitos no final do mesmo ano.

"Isso é o que está apresentado na mesa. Nenhuma outra eleição no caminho até agora (...) Nada que esteja fora da Constituição nós vamos aceitar", reiterou.

Negociação política

Governo e oposição voltarão a conversar na próxima sexta-feira para avançar nos temas definidos no início da negociação. Contudo, líderes da MUD declararam esta data como prazo para ver ações.

O deputado e coordenador do partido opositor Vontade Popular, Freddy Guevara, reiterou neste domingo que " se não houver resultado em 11 de novembro" será retomado um julgamento de responsabilidade política contra Maduro e uma marcha ao palácio do governo, que a MUD havia suspenso como gesto.

"Estão colocando condições, ;em 10 dias se Nicolás não entregar nos levantaremos do diálogo;, vão ter que levantar. Nós vamos continuar ali sentados, mas não vamos ser complacentes, nem vamos lhes facilitar nada", assegurou Cabello.

O Vontade Popular, fundado pelo preso Leopoldo López, é um dos 16 partidos da MUD - que reúne cerca de 30 formações - que decidiu afastar-se do diálogo, por considerar que "não há condições".
Por France Presse

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