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Tremor de 7 graus sacode costa centro-americana do Pacífico

O fenômeno foi sentido com força não apenas em El Salvador, mas também na Nicarágua e na Costa Rica

postado em 25/11/2016 08:26

San Salvador, El Salvador
- A América Central foi castigada nesta quinta-feira (24) pela passagem do furacão Otto e pelo terremoto simultâneos, provocando alarme na Nicarágua, em El Salvador e na Costa Rica.

"Acho que fomos bem, porque não temos vítimas, à exceção de uma morte por infarto" em San Juan del Sur (no sul da Nicarágua, perto da fronteira com a Costa Rica), ocorrida após o alerta de tsunami ativado pelo terremoto, declarou a primeira-dama nicaraguense e vice-presidente eleita, Rosario Murillo.

O sismo foi detectado às 18h43 GMT (16h43 de Brasília) em frente ao departamento (estado) oriental de Usulután, a 10,3 km de profundidade, segundo dados atualizados pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).


O fenômeno foi sentido com força não apenas em El Salvador, mas também na Nicarágua e na Costa Rica.

As autoridades de El Salvador e da Nicarágua emitiram alertas de tsunami e fizeram um apelo para que as populações costeiras fossem evacuadas. Duas horas depois, suspenderam as medidas, ao considerar que o perigo havia passado.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, manteve a declaração de "emergência nacional" por conta o terremoto e pela passagem do furacão Otto, cujo olho entrou no território nicaraguense pelo Caribe na manhã de quinta.

Ao anoitecer, o furacão Otto foi rebaixado para a categoria tempestade tropical em seu avanço para o Oceano Pacífico.

Otto avança em terra firme

O Otto, que seguia para o Oceano Pacífico pelo noroeste da Costa Rica, registrava ventos máximos de 110 km/h com rajadas mais intensas. O fenôemno deve perder ainda mais força nas próximas 48 horas, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

Ao entrar na Nicarágua, a velocidade dos ventos era de 165 km/h, com rajadas de até 195 km/h, deslocando-se para o oeste, paralelamente ao rio San Juan.

Mais cedo, os moradores relataram seus temores à AFP.

"O vento está bem forte, e chove forte desde a manhã de quinta-feira. Vimos cair o teto de casas de vizinhos", disse Aldrick Beckford, morador de San Juan del Norte.

"A situação é difícil, as rajadas de ventos são impressionantes, há cabos (elétricos) rompidos, árvores caídas e os solos estão encharcados", contou o jornalista Juan Cortez, do Canal 4.

Os ventos levaram o teto da prefeitura de San Juan, que abrigava um posto de comando para atender às emergências.

Na Costa Rica, continuava a mobilização em povoados fronteiriços, onde se espera que o furacão chegue com maior força nas próximas horas.

No povoado de La Cruz de Guanacaste, com 24.000 habitantes, as lojas fecharam as portas, e alguns locais selaram as janelas com placas de madeira, frente à chegada iminente da tempestade, segundo imagens exibidas em telejornais.

As autoridades da cidade se mobilizavam com rapidez para levar os moradores de áreas de risco para abrigos mais seguros, após o anúncio de que o ciclone impactaria o local com mais força do que o esperado.

No Panamá, oito pessoas morreram pela passagem do Otto, embora apenas três diretamente, informaram as autoridades na quinta-feira.

Agora, as equipes de resgate no Panamá concentram seus esforços em encontrar três pessoas desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação e uma que foi surpreendida por um deslizamento enquanto dormia em casa. O imóvel foi arrastado por um deslizamento de terra.

Por Agência Estado

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