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Turquia prende autor do massacre em boate de Istambul

O autor do massacre, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, estava com seu filho de quatro anos em um apartamento no bairro de Esenyurt e foi detido durante uma batida policial

Agência France-Presse
postado em 16/01/2017 22:44
A polícia turca deteve o autor do massacre que liquidou 39 pessoas em uma boate de Istambul na passagem do Ano Novo, um uzbeque ligado do grupo Estado Islâmico, informou na noite desta segunda-feira o canal de TV estatal TRT.
O autor do massacre, reivindicado pelo Estado Islâmico, estava com seu filho de quatro anos em um apartamento no bairro de Esenyurt e foi detido durante uma batida policial, segundo a TRT.

O homem foi preso ao final de quinze dias de buscas e com base em informações de que permaneceu em Istambul desde o ataque.

Segundo a agência Anatólia, a polícia deteve Abdulgadir Masharipov, cujo nome de guerra no Estado Islâmico seria Ebu Muhammed Horasani, de acordo com a agência Dogan.

Os dois nomes figuram em informações divulgadas no dia 8 de janeiro pelos serviços de segurança, que identificaram o atirador como um uzbeque de 34 anos membro de uma célula do Estado Islâmico na Ásia central.

De acordo com a TV estatal, a prisão foi resultado de uma operação conjunta entre a polícia e o serviço secreto turco (MIT).

o suspeito estava em um apartamento alugado por um indivíduo oriundo do Quirguistão, que também foi preso, do mesmo modo que três mulheres.

A agência Dogan publicou uma foto do suspeito, com o rosto ensanguentado e dominado por um policial que o agarra pelo pescoço.

A tragédia na boate Reina marcou um início de ano sangrento para a Turquia, já abalada em 2016 por uma tentativa de golpe e por uma onda de ataques cometidos por extremistas islâmicos, ou pela rebelião curda.

As autoridades acreditam que o atirador foi treinado no exterior no manejo de armas. No ataque, ele utilizou carregadores duplos para otimizar o tempo de recarga, granadas para desorientar os alvos e visou a parte superior do corpo das vítimas para aumentar a taxa de mortalidade.

Ao reivindicar a matança na discoteca, o Estado Islâmico repreendeu a Turquia por intervir na Síria e por participar da coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo radical na Síria e Iraque.

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