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Escolha de Trump para agência ambiental admite impacto humano sobre clima

Ao escolhê-lo para o cargo, Trump disse que estava confiante de que Pruitt vai reverter a "agenda anti-energia fora de controle" da agência

Agência France-Presse
postado em 18/01/2017 16:57

O polêmico nomeado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para dirigir a Agência de Proteção Ambiental (EPA) reconheceu na quarta-feira (18/1) que a atividade humana afeta as mudanças climáticas, mas ressaltou que a extensão desse impacto permanece sujeita a debate.

Em sua audiência de confirmação no Senado, Scott Pruitt se empenhou em combater os críticos que o veem como um cético do clima disposto a reverter regulações ambientais.

"A ciência nos diz que o clima está mudando, e que a atividade humana de alguma forma impacta esta mudança", disse aos senadores.

"A capacidade de medir com precisão o grau e a extensão desse impacto, e o que fazer sobre ele, estão sujeitos a debates e diálogos contínuos", acrescentou Pruitt, de 48 anos, que atualmente é procurador-geral de Oklahoma.

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Como um aliado da indústria de combustíveis fósseis que processou repetidamente a EPA em nome de companhias de Oklahoma, Pruitt é uma escolha particularmente controversa para dirigir a agência.

Se confirmado, assumirá o controle de uma agência que durante a presidência de Barack Obama foi responsável por implementar regulações ambientais sobre a poluição do ar e da água, as emissões de gases de efeito estufa e as emissões de combustíveis dos veículos.

Ao escolhê-lo para o cargo, Trump disse que estava confiante de que Pruitt vai reverter a "agenda anti-energia fora de controle" da agência.

Pruitt rejeitou as preocupações sobre suas conexões com empresas de energia, muitas das quais contribuíram com suas campanhas ou escritórios.

"Devemos rejeitar, como uma nação, o falso paradigma de que se você é pró-energia, você é anti-ambiental", disse Pruitt. "Eu rejeito totalmente essa narrativa".

Em 2012, Trump declarou que o aquecimento global era uma farsa criada pelos chineses para prejudicar a competitividade das indústrias americanas.

Embora tenha moderado essa posição no ano passado, reconhecendo que a atividade humana tem algum vínculo com as mudanças climáticas, ele lançou várias vezes a ideia de limitar dramaticamente o poder da EPA.

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