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Exército russo divulga novas imagens de destruições em Palmira

É possível ver novas destruições do Tetrápilo, um monumento de 16 colunas erguido no fim do século III, assim como do interior do teatro romano, que data do século II

Agência France-Presse
postado em 13/02/2017 08:38
Estas destruições foram citadas em janeiro pela Unesco, que denunciou
O exército russo divulgou nesta segunda-feira (13/2) imagens de novas destruições provocadas pelo Estado Islâmico (EI) na cidade antiga síria de Palmira, reconquistada em dezembro pelo grupo extremista.

Estes vídeos, feitos por drones, mostram Palmira no dia 6 de junho de 2016, quando a cidade estava sob controle sírio, e no dia 5 de fevereiro de 2017, quando o EI retomou seu controle.

É possível ver novas destruições do Tetrápilo, um monumento de 16 colunas erguido no fim do século III, assim como do interior do teatro romano, que data do século II.

"Estas imagens mostram claramente que os terroristas destruíram o proscênio, a parte central do antigo teatro romano, e as colunas do Tetrápilo", disse o ministério russo da Defesa em um comunicado.
Estas destruições foram citadas em janeiro pela Unesco, que denunciou "um crime de guerra e uma imensa perda para o povo sírio e a humanidade".

O exército russo também anunciou a detecção de uma "intensificação de movimentos de caminhões de terroristas ao redor de Palmira", pressagiando novas devastações.

Deposto em março de 2016 pelo exército sírio, apoiado pela Rússia, o EI surpreendeu ao tomar novamente em dezembro o controle de Palmira, cidade antiga de mais de 2.000 anos, que foi um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo, inscrita pela Unesco no Patrimônio Mundial da Humanidade.

O EI tomou o controle de Palmira em maio de 2015, provocando enormes danos aos restos antigos da cidade em nome de sua visão do Islã, que considera as estátuas humanas ou animais como idolatria.

Estas destruições provocaram a indignação da comunidade internacional.

Durante sua primeira ocupação de Palmira, de maio de 2015 a março de 2016, o EI usou principalmente o teatro romano para realizar execuções públicas.

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