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Coreia do Norte não acredita em investigações sobre assassinato de Kim

Em um primeiro momento, após a morte de Kim Jong-nam, a polícia da Malásia informou à embaixada da Coreia do Norte que um cidadão com passaporte diplomático havia falecido de morte natural

Agência France-Presse
postado em 20/02/2017 08:15
Em um primeiro momento, após a morte de Kim Jong-nam, a polícia da Malásia informou à embaixada da Coreia do Norte que um cidadão com passaporte diplomático havia falecido de morte natural, disse Kang
A Coreia do Norte "não pode ter confiança na investigação da polícia malaia" sobre o assassinato em Kuala Lumpur de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un, declarou nesta segunda-feira o embaixador norte-coreano na Malásia.

"Sete dias se passaram, mas não há nenhuma evidência inequívoca sobre as causas da morte e, no momento, não podemos ter confiança nas investigações da polícia da Malásia", disse aos repórteres o embaixador norte-coreano Kang Chol diante da embaixada.
O embaixador retornava do Ministério das Relações Exteriores malaio, onde havia sido convocado depois de declarar que a investigação estava motivada politicamente e de ter acusado Kuala Lumpur de se associar com "forças hostis" à Coreia do Norte.

Após estas declarações, o Ministério das Relações Exteriores da Malásia chamou para consultas seu embaixador na Coreia do Norte.

Em um primeiro momento, após a morte de Kim Jong-nam, a polícia da Malásia informou à embaixada da Coreia do Norte que um cidadão com passaporte diplomático havia falecido de morte natural, disse Kang.

O embaixador, além disso, acusou policiais malaios de terem espancado um adolescente, filho de um suspeito norte-coreano detido em Kuala Lumpur na semana passada.

Cinco cidadãos norte-coreanos são suspeitos de envolvimento no assassinato de Kim Jong-nam, que aparentemente foi envenenado no dia 13 de fevereiro no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, onde se preparava para embarcar em um avião para Macau.

A Coreia do Sul acusado a Coreia do Norte pela morte, citando uma "ordem permanente" de Kim Jong-un para eliminar seu meio-irmão, que já havia sofrido uma tentativa de assassinato em 2012.

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