Mundo

Atentado suicida deixa 42 mortos em Al-Bab, no norte da Síria

Menos de 24 horas depois da derrota do EI, um suicida atacou duas sedes dos rebeldes na localidade de Susian, ao nordeste de Al-Bab

Agência France-Presse
postado em 24/02/2017 08:33
Ao menos 42 pessoas, em sua maioria rebeldes sírios, morreram em um atentado com carro-bomba ao nordeste de Al-Bab, reduto do grupo Estado Islâmico (EI) retomado na véspera dos extremistas, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
"Menos de 24 horas depois da derrota do EI, um suicida atacou duas sedes dos rebeldes na localidade de Susian, ao nordeste de Al-Bab, região norte da Síria", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

Insurgentes sírios apoiados pela Turquia conquistaram na quinta-feira a localidade.

"O balanço subiu para 42 mortos, mas pode aumentar porque há dezenas de feridos, muitos deles em estado crítico", afirmou o OSDH, que tem uma ampla rede de fontes em todo o país.

O balanço inicial era de 29 mortos.

Rahman atribuiu o ataque ao Estado Islâmico. "De acordo com nossas informações, um combatente do EI chegou a bordo de um carro e detonou a carga", disse.

Os dois quartéis-generais dos rebeldes ficam próximos um do outro.

Susian fica a 8 km de Al Bab, a última grande cidade que estava sob poder no EI na província de Aleppo, norte do país.

Forças turcas e rebeldes sírios iniciaram em 10 de dezembro uma operação para reconquistar Al-Bab, que fica 25 km ao sul da fronteira turca.

A retomada da cidade é uma grande vitória para Ancara, que iniciou em agosto uma operação militar no norte da Síria para expulsar os extremistas dos arredores de sua fronteira.

Em outra frente de batalha na Síria, ao menos 32 insurgentes morreram em bombardeios aéreos do regime de Damasco contra ;bolsões; rebeldes ao oeste da cidade de Aleppo, que foi reconquistada há dois meses pelo exército, informou nesta sexta-feira o OSDH.

A reconquista da totalidade de Aleppo, segunda maior cidade síria, em 22 de dezembro, foi a vitória mais importante do regime de Bashar al-Assad desde o início da guerra no país, em 2011, porque privou a rebelião de seu reduto mais importante e simbólico.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação